Sydney, Austrália, 01 jan (Lusa) -- Fortes ventos e chuvas voltaram a frustrar hoje o resgate aéreo das 74 pessoas que se encontram a bordo do navio russo que está preso no gelo da Antártida desde 24 de dezembro, informaram as autoridades australianas.

"A situação do resgate na Antártida mantém-se inalterada. É impossível o helicóptero voar nas condições meteorológicas atuais, em que se registam chuvas e ventos de 37 a 55 quilómetros por hora na zona", informou hoje a Autoridade de Segurança Marítima Australiana, que coordena as operações.

O navio Akademik Shokalskiy, que tem a bordo turistas e cientistas australianos, britânicos e neozelandeses que realizavam uma viagem que combinava uma missão científica com a comemoração da expedição à Antártida levada a cabo, há um século, por Douglas Mawson, ficou preso no gelo perto da base francesa Dumont d'Urville.

Na zona estão os quebra-gelos chinês "Ice Dragon" e o australiano "Aurora Australis" para tentarem realizar o resgate. O primeiro chegou no domingo, após o pedido de ajuda do barco russo, mas não conseguiu penetrar a densa camada de gelo, ao contrário do navio australiano que alcançou a zona, na segunda-feira, mas teve que se retirar para mar aberto face ao mau tempo.

A Autoridade de Segurança Marítima Australiana pretende agora recorrer a um helicóptero que está a bordo do quebra-gelo chinês para retirar do navio 52 pessoas, o que ainda não foi possível.

Os 74 tripulantes do navio passaram o ano a cantar um hino composto para a ocasião, segundo a agência AFP.

A sua expedição começou há três semanas e o navio deveria regressar à Nova Zelândia no início de janeiro.

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