Mina de Balama, Moçambique, inicia produção de grafite para fabricantes de baterias
Porto Canal com Lusa
Maputo, 24 nov (Lusa) - A empresa multinacional australiana Syrah anunciou hoje a produção da primeira grafite em floco, embalada, para venda, a partir da mina de Balama, no norte de Moçambique, um dos maiores depósitos de grafite do mundo.
"Esta é uma conquista significativa para a Syrah, para a nossa subsidiária Twigg e para as nossas comunidades de acolhimento em Moçambique", referiu Shaun Verner, diretor executivo, em comunicado dirigido à bolsa de valores de Sydney.
A Syrah espera agora "abastecer de forma fiável e consistente o mercado global de grafite", nomeadamente, fabricantes de componentes de baterias, tais como as usadas nos carros elétricos.
Os sacos de grafite em floco devem ser exportados nas próximas semanas e a empresa espera produzir 160 a 180 mil toneladas em 2018.
O minério vai ser escoado pelo Porto de Nacala, um dos principais pontos de saída de carvão moçambicano para o estrageiro.
Em setembro, a Syrah assinou um acordo para vender grafite ao fabricante chinês de componentes de baterias Jixi BTR Graphite Industrial, firma subsidiária da Shenzhen BTR New Energy Materials (BTR).
As condições financeiras não foram divulgadas, mas o acordo prevê que a Syrah forneça 30.000 toneladas de grafite no primeiro ano de produção.
A Twigg Exploration and Mining, subsidiária da Syrah, assinou, em agosto, com o Governo moçambicano, um contrato para exploração em Balama por um prazo de 25 anos, renováveis, prevendo-se um investimento mínimo a rondar 88 mil milhões de dólares (cerca de 74 mil milhões de euros).
A concessionária adquiriu o direito de extração, processamento, armazenamento e comercialização dos produtos mineiros.
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