Tratamentos com água termal não são afetados - Termas do Centro

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Porto Canal com Lusa

Viseu, 23 nov (Lusa) - A coordenadora das Termas do Centro, Guida Mendes, disse hoje que a seca não afeta os tratamentos realizados com água termal, uma vez que estas são águas minerais que se infiltraram em terrenos há milhares de anos.

"As águas termais que surgem agora por nascentes naturais são águas que se infiltraram nos terrenos há milhares de anos, sendo que por isso a seca atual não afeta os tratamentos com água termal", sustentou.

De acordo com a coordenadora das Termas do Centro, a água termal é uma água mineral natural, "considerada bacteriologicamente própria e de circulação profunda".

"Tem particularidades físico-químicas estáveis na origem, dentro da gama de flutuações naturais, de que resultam propriedades terapêuticas ou simplesmente efeitos favoráveis à saúde", informou.

Para que esta água mineral natural acabe por brotar nos dias de hoje, o processo "é extremamente simples".

"A água da chuva que não escoa para rios, lagos ou oceanos, nem é consumida pela vegetação, vai-se infiltrando na terra, abrindo caminho entre os grãos do subsolo e as pequenas rachaduras nas rochas. À medida que desce, essa água vai aquecendo devido ao calor natural do planeta", justificou.

Contactado pela agência Lusa, o responsável pelas Termas de S. Pedro do Sul, Victor Leal, confirmou que esta estância termal não sofre qualquer efeito da seca que se vai registando na região Centro.

"Está tudo normal em termos de quantidade e qualidade. A água termal tem um ciclo de mais de dois mil anos e a seca não atinge estes caudais termais", apontou.

O responsável das Termas da Felgueira, Adriano Ramos, esclareceu que as águas minerais naturais das Caldas da Felgueira são, como todas as águas minerais, águas de circulação profunda e com larguíssimo tempo de percurso.

"A nossa água mineral, de acordo com um teste de datação com carbono 14, realizado há alguns anos, tem entre 12 a 14 mil anos. Assim, são águas que não são afetadas diretamente pela pluviosidade atual", referiu.

Nos 135 anos em que a Companhia das Águas Medicinais das Caldas da Felgueira é concessionária deste recurso geológico, "a água tem revelado, sempre, estabilidade físico-química, mantendo, na atualidade, os mesmos parâmetros da origem".

"Sempre acautelámos e respeitámos os caudais de segurança captados, como forma de preservar este recurso natural, usado em rituais de cura e bem-estar desde o século XIX", destacou.

Mais a sul, no Alentejo, as duas termas existentes no distrito de Portalegre não registam problemas, estando garantidos nos próximos tempos os serviços nas Termas de Cabeço de Vide, no concelho de Fronteira, e nas Termas de Nisa.

CMM/HYT // SSS

Lusa/fim

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