Antigo chefe do regulador chinês para o ciberespaço investigado por corrupção

| Mundo
Porto Canal com Lusa

Pequim, 22 nov (Lusa) - O antigo chefe do regulador chinês para a Internet está sob investigação, informou hoje o órgão máximo anticorrupção do Partido Comunista da China (PCC), no âmbito de uma campanha que atingiu já dezenas de responsáveis do regime.

Em comunicado, a Comissão de Inspeção e Disciplina do PCC informou que Lu Wei é suspeito de "graves violações da disciplina", utilizando a terminologia que descreve habitualmente os casos de corrupção. Até ao anúncio de hoje, Lu era vice-diretor do departamento de propaganda do PCC.

Lu Wei é conhecido como um político conservador, responsável por liderar os esforços do governo no reforço do controlo do ciberespaço chinês e defensor da posição do PCC de que os governos têm o direito de filtrar e censurar a Internet do país.

A Administração do Ciberespaço da China está encarregada de censurar o conteúdo disponível para os 700 milhões de internautas chineses e exercia vigilância sobre as empresas do ramo tecnológico.

Lu é o mais alto quadro a ser colocado sobre investigação, desde o XIX Congresso do PCC, que se realizou no mês passado, e durante o qual foi atribuído ao Presidente chinês, Xi Jinping, um novo mandato de cinco anos como secretário-geral da organização.

Foi substituído como chefe daquela administração em junho passado, pelo então vice-diretor, Xu Lin, mas manteve a posição de vice-diretor da propaganda.

Escolhido para dirigir o regulador em 2014, Lu reuniu com responsáveis de algumas das maiores empresas do mundo no ramo tecnológico, incluindo os chefes executivos das gigantes norte-americanas Apple, Microsoft e Facebook.

Lu Wei começou a carreira como jornalista da agência noticiosa oficial Xinhua na cidade de Guilin, província de Guangxi, no sul do país, no início dos anos 1990. Entre 2004 e 2011, foi vice-diretor da Xinhua e, entre 2011 e 2013, vice-prefeito de Pequim.

Mais de 440 dirigentes, alguns dos quais ministros, foram já atingidos pela campanha anticorrupção em curso na China, desde que Xi Jinping assumiu a chefia do PCC, em novembro de 2012.

A China controla o seu ciberespaço, através da "Grande Firewall da China", que censura 'sites' como o Facebook, Youtube e Google e bloqueia seletivamente páginas com termos "sensíveis".

JOYP // EJ

Lusa/fim

+ notícias: Mundo

Ex-membro da máfia de Nova Iorque escreve livro dirigido a empresários

Lisboa, 06 mai (Lusa) -- Louis Ferrante, ex-membro do clã Gambino de Nova Iorque, disse à Lusa que o sistema bancário é violento e que escreveu um livro para "aconselhar" os empresários a "aprenderem com a máfia" a fazerem negócios mais eficazes.

Secretário-geral das Nações Unidas visita Moçambique de 20 a 22 de maio

Maputo, 06 mai (Lusa) - O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, vai visitar Moçambique de 20 a 22 de maio, a primeira ao país desde que assumiu o cargo, em 2007, anunciou o representante do PNUD em Moçambique, Matthias Naab.

Síria: Irão desmente presença de armas iranianas em locais visados por Israel

Teerão, 06 mai (Lusa) - Um general iraniano desmentiu hoje a presença de armas iranianas nos locais visados por Israel na Síria, e o ministro da Defesa ameaçou Israel com "acontecimentos graves", sem precisar quais, noticiou o "site" dos Guardas da Revolução.