Lançado programa para lembrar funcionários públicos de poupar energia

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Porto Canal com Lusa

Lisboa, 20 nov (Lusa) -- A ADENE - Agência para a Energia lançou hoje um programa para reduzir o consumo de energia nos organismos e serviços públicos, lembrando os funcionários de "coisas pequeninas" como desligar a luz mais cedo, visando atingir metas europeias.

"Cada um dos funcionários tem um papel fundamental. Estamos a falar de mais de meio milhão de pessoas que podem, com a sua atitude e com o seu comportamento, fazer uma enorme diferença", disse o presidente do conselho de administração da ADENE, João Paulo Girbal, que falava à agência Lusa à margem da conferência ECO.AP Summit, em Lisboa.

Por isso, a ADENE vai divulgar, a partir de hoje, o Programa de Eficiência Energética na Administração Pública (ECO.AP) composto por uma campanha com peças informativas que serão "distribuídas pelos diferentes escritórios e pelas diferentes instalações da administração pública para as pessoas se lembrarem de coisas pequeninas".

"O que nós queremos é criar hábitos", vincou, exemplificando que "desligar a luz um minuto mais cedo, se a luz gastar 60 watts, dá um watt por dia".

"Isso vezes meio milhão dá meio milhão de MWh por dia", notou.

O ECO.AP terá, assim, "uma série de ferramentas para as pessoas saberem onde podem poupar", como por uma página na internet com mecanismos como simulador e calculadora, precisou João Paulo Girbal.

Ao mesmo tempo, a ADENE formou nos últimos anos cerca de 700 gestores locais de energia que estarão nos organismos públicos a sensibilizar para boas práticas.

O responsável apontou ainda a necessidade de aumentar o número de contratos de gestão de eficiência energética.

De acordo com João Paulo Girbal, a campanha ECO.AP terá um "período mais forte" durante o próximo ano, mas "obviamente que isto tem de ter impacto até 2020".

Isto porque o Estado comprometeu-se com os restantes países europeus a reduzir a sua fatura energética em 30% até 2020. Nos restantes setores do país a meta é de 20%.

Frisando que "todos os organismos têm vindo a fazer um esforço, nomeadamente através da certificação energética dos seus edifícios", o presidente da ADENE destacou ainda "exemplos de entidades do setor público que fizeram alterações muito significativas", como a estação televisiva RTP que instalou um parque solar fotovoltaico.

Atualmente, o consumo energético nos 20 mil edifícios da administração pública equivale a 6,8 GWh e a 972 toneladas de dióxido de carbono por dia.

Por cada funcionário, o consumo é de quase dois quilos de dióxido de carbono por dia.

No que toca ao financiamento, a ADENE vai recordar, através da campanha, que existem fundos europeus e nacionais para suportar investimentos dos organismos públicos na área da eficiência energética, como o Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (PO SEUR) e o Programa de Apoio à Mobilidade Elétrica na Administração Pública.

Caberá aos gestores locais de energia prestar tais informações.

Presente na conferência, o secretário de Estado da Energia, Jorge Sanches, reconheceu que "muitos dos consumos que existem na administração pública portuguesa e nos serviços públicos podem ser racionalizados e geridos de forma muito mais eficiente".

A ADENE vai ainda lançar o Barómetro ECO.AP, que permitirá ao Estado conhecer os consumos de energia e as medidas em prol da eficiência energética dos seus ministérios e outros organismos públicos.

ANE

Lusa/Fim

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