El Salvador avalia danos da erupção enquanto persiste ameaça de vulcão

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Porto Canal / Agências

San Salvador, 31 dez (Lusa) - As autoridades de El Salvador continuavam, na segunda-feira, a prestar ajuda às milhares de pessoas retiradas após a erupção do Chaparrastique e a avaliar os danos, advertindo a população de que a ameaça persiste.

O vulcão, situado em San Miguel, lançou uma grande nuvem de cinzas que alcançou entre cinco e dez quilómetros de altura, estendendo-se a várias zonas do país.

Pelo menos 2.214 pessoas foram retiradas devido à erupção vulcânica, as quais se encontram em 13 centros de abrigo na cidade de San Miguel e noutras localidades próximas, onde lhes são facultados alimentos, medicamentos e outro tipo de apoio, segundo o diretor da Proteção Civil, Jorge Meléndez.

Apesar de não se ter registado outra erupção, o Ministério do Meio Ambiente e Recursos Naturais de El Salvador advertiu que "se mantém uma situação de risco para a população que passa ou habita nos arredores do vulcão".

Nas últimas horas, o vulcão Chaparrastique emanou "gases com um leve conteúdo de cinza", que "se elevou aproximadamente 300 metros acima da cratera", segundo indicou o ministério, em comunicado emitido pouco depois das 16:00 locais (22:00 de segunda-feira em Lisboa).

"Não se descarta a ocorrência de episódios eruptivos na cratera central ou nos seus flancos", disse o Ministério, insistindo para que a população observe as medidas preventivas da Proteção Civil e de outras autoridades.

A vice-ministra do Meio Ambiente, Lina Pohl, afirmou que a ameaça do Chaparrastique persiste até porque se trata de "um vulcão tremendamente ativo, o mais ativo de El Salvador".

A mesma responsável recordou que o Chaparrastique teve 26 erupções nos últimos 300 anos e que a anterior a esta, em 1976, durou várias semanas.

O Presidente de El Salvador, Mauricio Funes, visitou, na segunda-feira, vários centros e a zona afetada a fim de se inteirar "em primeira mão" da situação.

Até ao momento, as autoridades reportaram apenas danos materiais considerados menores.

No domingo, Mauricio Funes indicou que "pelo menos 47 escolas foram cobertas pelas cinzas", à semelhança de algumas vias de comunicação da zona.

As cinzas também cobriram campos de cultivo, sobretudo plantações de café nos arredores do vulcão, o que poderá gerar "um grande problema", segundo disse aos jornalistas o presidente da Associação de Café de El Salvador, Sérgio Ticas.

Neste sentido, o chefe de Estado de El Salvador indicou, em San Miguel, ter dado instruções ao Ministério da Agricultura para avaliar os danos do setor agrícola, "principalmente das plantações de café".

O café é o principal produto do cabaz das exportações de El Salvador.

Cifradas em 251,78 milhões de dólares, na colheita anterior, as exportações do café sofrem agora o impacto da baixa dos preços e da praga da ferrugem, a qual poderá afetar a atual colheita até 50% das plantações, segundo dados do organismo.

Apesar de as cinzas vulcânicas terem caído em rios e lagos, a água potável não foi afetada, segundo as autoridades.

El Salvador mantém o alerta laranja - ou de alto risco - na zona do vulcão e o alerta amarelo (ou preventivo) no resto do país.

DM // PNE.

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