Autoridades da RDCongo garantem ter situação sob controlo

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Porto Canal / Agências

Kinshasa, 30 dez (Lusa) -- As autoridades da República Democrática do Congo garantiram ter a situação sob controlo, após vários ataques terem causado hoje 70 mortos, mas as forças das Nações Unidas no país estão em estado de alerta.

"Temos a situação sob controlo. Agora a questão é saber quem são os atacantes. É uma questão à qual não vou responder agora, estamos a investigar", disse aos jornalistas o ministro da Defesa congolês, Alexandre Luba Ntambo, durante uma visita aos locais que em Kinshasa, na capital, foram hoje alvo de ataques.

Entre os atacantes identificados em Kinshasa estão jovens apoiantes do pastor Joseph Mukungubila Mutombo, candidato às eleições presidenciais de 2006, ganhas pelo atual chefe de Estado, Joseph Kabila.

Numa carta aberta divulgada no dia 5, Mukungubila exprimiu críticas à forma como o país está a ser governado e à alegada proximidade entre o Governo de Kabila e o vizinho Ruanda, acusado pelas Nações Unidas de apoiar os rebeldes congoleses.

Hoje de manhã, em Kinshasa, os atacantes fizeram reféns vários jornalistas da televisão pública congolesa e, pouco depois, invadiram, aos tiros, o aeroporto internacional e o quartel general das forças armadas.

Em Lubumbashi, segunda cidade e centro económico do país, houve igualmente registo de tiros e "um pequeno grupo" atacou o aeroporto da localidade de Kindu, tendo sido "neutralizado", sem incidentes de maior, disse o ministro.

"O exército e a polícia responderam como deviam", frisou Ntambo, adiantando que "muitos habitantes de Kinshasa nem deram conta do que se passava".

No total, os ataques resultaram em "mais de 70 mortos", contabilizou Lambert Mende, porta-voz do Governo congolês, sublinhando que um balanço mais preciso será comunicado na terça-feira.

Segundo a mesma fonte, 52 "terroristas" foram mortos e outros 39 foram "capturados" em Kinshasa. Três militares estão entre as vítimas mortais e pelo menos dois civis ficaram feridos, acrescentou.

Apesar da garantia do governo de que tem a situação sob controlo, as Nações Unidas colocaram as forças estacionadas no país em estado de alerta.

"A missão da ONU no país tomou medidas para garantir a segurança do seu pessoal", comunicou Martin Niersky, um porta-voz da organização, adiantando que um elemento da missão das Nações Unidas no país (MONUSCO) ficou ferido numa troca de tiros com os atacantes no aeroporto de Kinshasa.

O ferido encontrava-se "estável", mas "a identidade e a motivação dos atacantes permanecia desconhecida", referiu.

Todos os voos de e para o principal aeroporto da capital congolesa foram suspensos.

SBR // HB

Lusa/fim

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