Manifestação em Bissau decorre sem incidentes e com presença discreta da polícia

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Porto Canal com Lusa

Bissau, 17 nov (Lusa) - A manifestação dos Partidos Políticos Democráticos da Guiné-Bissau contra o chefe de Estado guineense decorreu hoje sem registo de qualquer incidente e com a presença discreta das forças de segurança, apenas visível na zona da Presidência.

Milhares de pessoas protestaram entre a Chapa de Bissau, na avenida que liga o centro da cidade ao aeroporto nacional, até à União Desportiva Internacional de Bissau (UDIB), junto à Praça dos Heróis Nacionais, onde fica situada a Presidência da República guineense.

O reforço das forças de segurança guineenses só era visível nas zonas de acesso à Presidência. A Ecomib, força militar da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) estacionada no país, e que garantiu hoje a segurança da manifestação, também era pouco visível.

No comício realizado na zona da UDIB, o Coletivo dos Partidos Políticos Democráticos guineense exigiu a demissão do Governo e o cumprimento do Acordo de Conacri, reafirmando que rejeitam eleições organizadas pelo atual executivo.

"Este Governo não vai organizar eleições, porque este Governo não foi escolhido pelo povo para nada", afirmou Domingos Simões Pereira, presidente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

Antes do discurso de Domingos Simões Pereira, Nuno Nabian, presidente da Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), afirmou que a manifestação de quinta-feira foi uma "vitória da democracia".

"Mostramos ao Jomav (forma como é tratado o Presidente guineense, José Mário Vaz) que não temos medo de ninguém. Foi uma vitória da democracia", disse Nuno Nabian, que hoje completa 51 anos e teve direito a que os manifestantes lhe cantassem os parabéns.

Quando o comício terminou, cerca das 12:30, as pessoas dispersaram serenamente.

O atual Governo da Guiné-Bissau não tem o apoio do partido que ganhou as eleições em 2014, o PAIGC, e o impasse político tem levado vários países e instituições internacionais a apelarem a um consenso para a aplicação do Acordo de Conacri.

O Acordo de Conacri, promovido pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), prevê a formação de um governo consensual integrado por todos os partidos representados no parlamento e a nomeação de um primeiro-ministro de consenso e da confiança do chefe de Estado, entre outros pontos.

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