Uma crise no Líbano pode levar a nova crise migratória - MNE libanês

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Porto Canal com Lusa

Berlim, 16 nov (Lusa) -- A crise política no Líbano, num contexto de tensão com a Arábia Saudita, pode ter "consequências diretas" na Europa com um novo fluxo de refugiados, advertiu hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros libanês.

"A desestabilização do Líbano (...) terá consequências sobre os deslocados no Líbano e os refugiados que se encontram no Líbano que ficarão numa situação ainda mais frágil e se virarão para a Europa", afirmou Gebran Bassil durante um encontro em Berlim com o seu homólogo alemão.

O Líbano acolhe cerca de 1,5 milhões de refugiados do conflito sírio e a Europa quer evitar que estes partam para o Ocidente, provocando uma nova crise migratória, depois da de 2015.

Só a Alemanha recebeu mais de um milhão de requerentes de asilo.

O chefe da diplomacia libanesa, em busca de apoio após a inesperada demissão do primeiro-ministro Saad Hariri a 4 de novembro, durante uma visita à Arábia Saudita, alertou que em caso de ingerência estrangeira o seu país pode ter o mesmo destino da Síria.

Toda a região poderia então "ficar mais desestabilizada, como aconteceu com a Síria o que teve consequências diretas para a Alemanha e a Europa", adiantou.

O Líbano atravessa uma nova crise política desde que Hariri anunciou a sua demissão, dizendo temer pela sua vida e acusando o Irão e o Hezbollah, que integra o governo libanês, de quererem controlar o país.

Após cerca de duas semanas de informações contraditórias sobre a liberdade de movimentos de Hariri, o presidente libanês, Michel Aoun, afirmou na quarta-feira que o Líbano o considera "em cativeiro e detido" em Riade.

A renúncia de Saad Hariri faz recear que o Líbano, país de frágeis equilíbrios entre as suas diversas comunidades, caia de novo na violência. O país foi devastado por uma guerra civil entre 1975 e 1990 e por um conflito com o vizinho israelita em 2006.

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