ONU aprova renovação de missão de paz na República Centro-Africana

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Porto Canal com Lusa

Nações Unidas, 15 nov (Lusa) -- O Conselho de Segurança da ONU aprovou hoje por unanimidade o prolongamento por um ano da sua missão de paz na República Centro-Africana, MINUSCA, que será reforçada com 900 militares e que deverá ser mais móvel e reativa.

Esta renovação deverá permitir à ONU parar "a espiral de violência e recriar uma dinâmica positiva na República Centro-Africana", disse o embaixador francês na ONU, François Delattre.

O reforço foi pedido pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, que alertou para o risco de limpeza étnica no país.

No âmbito do projeto de resolução que renova o mandato da MINUSCA, redigido pela França, a força seria autorizada a desdobrar até 11.650 pessoas, incluindo 2.080 polícias e 480 observadores militares.

As intervenções armadas da França (2013-2016) e das Nações Unidas permitiram reduzir a violência, particularmente em Bangui. No sábado, no entanto, quatro pessoas morreram e cerca de 20 ficaram feridas num ataque com granadas num café na capital, seguido de represálias que provocaram três mortos.

Na província, onde os capacetes azuis não cobrem todo o território, 2017 registou, ao invés, o aumento da intensidade dos ataques entre grupos armados e as milícias, que disputam o controlo dos recursos no país de 4,5 milhões de habitantes, um dos mais pobres do mundo, mas rico em minérios.

É preciso "fazer tudo para aumentar a sua eficácia [das tropas da MINUSCA] e a sua capacidade no terreno", disse recentemente António Guterres, na sua primeira visita ao país.

A MINUSCA perdeu 12 soldados desde o início de 2017.

A República Centro-Africana passou a viver uma situação de caos em 2013, com o derrube do antigo Presidente François Bozizé por uma rebelião de maioria muçulmana, designada Séléka.

Este golpe suscitou uma contraofensiva dos designados anti-Balakas, uma milícia maioritariamente cristã, e conduziu a massacres, que provocaram a intervenção militar de França e, depois, a deslocação da MINUSCA.

A missão das Nações Unidas no país conta com cerca de 12.500 'capacetes azuis'.

Portugal mantém 160 militares na MINUSCA, na sua maioria comandos.

Devido à violência, mais de 600.000 pessoas ficaram deslocadas na República Centro-Africana e 500.000 refugiaram-se nos países vizinhos.

JIM (FV/RN) // VM

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