Zimbabué: Governo recomenda aos portugueses que evitem zonas de grande concentração em Harare

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Porto Canal com Lusa

Redação, 15 nov (Lusa) - O Governo português recomendou hoje aos portugueses que vivem em Harare, no Zimbabué, cuidados redobrados nas deslocações para o centro da cidade e que evitem zonas de grande concentração de pessoas, depois da agitação vivida durante a madrugada,

Em declarações à agência Lusa, o secretário de Estado das Comunidades, José Luis Carneiro, disse que as informações que as autoridades portuguesas dispõem indicam que se trata de "acontecimentos circunscritos à dimensão política e aos atores políticos do Zimbabué" e que "não está a alastrar à restante comunidade".

"No entanto, todos os cuidados devem ser tomados, nomeadamente nas deslocações ao centro da cidade, evitando zonas de grande concentração de pessoas", afirmou o responsável.

A tensão no Zimbabué começou a aumentar na tarde de terça-feira, depois de vários tanques terem sido vistos em direção a Harare, um dia depois de o chefe das forças armadas do país, o general Constantino Chiwenga, ter condenado a demissão do vice-presidente do país e advertido que seriam tomadas "medidas corretivas" se se mantivesse a purga de veteranos no partido de Mugabe (de 93 anos e no poder desde a independência do Zimbabué, em 1980).

"Estamos em contacto com os serviços consulares, que por sua vez estão em contacto com serviços consulares da União Europeia e a acompanhar o evoluir da situação", afirmou José Luis Carneiro, que disse que nesta circunscrição residem cerca de 1.000 portugueses.

Entretanto, os serviços da embaixada portuguesa em Harare estão a enviar mensagens aos residentes portugueses informando que, devido à situação no país, aconselham a manter a calma e evitar agrupamentos. Sugerem ainda que sejam evitadas deslocações ao centro da cidade.

A atual crise no Zimbabué surge após a destituição, na semana passada, do vice-presidente Emmerson Mnangagwa, que era apontado como sucessor de Mugabe, tal como a primeira-dama Grace Mugabe.

Mnangagwa há muito considerado o delfim do Presidente, foi humilhado e demitido das suas funções e fugiu do país após um braço-de-ferro com a primeira-dama, Grace Mugabe.

Figura controversa conhecida pelos seus ataques de cólera e dirigente do braço feminino do partido do marido, Grace Mugabe, de 52 anos, tem muitos opositores tanto no partido como no Governo.

Com este afastamento, fica na posição ideal para suceder ao marido, que, apesar da idade avançada e da saúde frágil, foi nomeado pela Zanu-PF como candidato às eleições presidenciais de 2018.

SO (FV/DM) // SB

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