Ruas e praças de Lisboa "rebatizadas" para assinalar dois anos de Governo
Porto Canal / Agências
Lisboa, 06 jun (Lusa) -- As praças dos Restauradores e do Rossio, em Lisboa, foram hoje 'rebatizadas' como praça Pedro Passos Coelho, "restaurador da independência financeira de Portugal", numa iniciativa de cidadãos anónimos para assinalar os dois anos do Governo de coligação PSD/CDS.
Um email enviado à agência Lusa dava conta que um grupo de cidadãos anónimos colocou hoje de madrugada, em algumas ruas e praças de Lisboa, placas de papel, para assinalar o segundo aniversário da eleição do Governo de Pedro Passos Coelho.
Pelas 12:30 de hoje, a Lusa verificou que nas praças dos Restauradores e do Rossio estavam colocadas pelo menos duas placas que a rebatizavam "Praça Passos Coelho [primeiro-ministro]".
As placas que 'rebatizam' os locais estão coladas em várias paredes, não estando a tapar as placas originais.
O mesmo aconteceu noutras artérias da cidade, como a avenida da Liberdade, agora avenida Miguel Relvas [ex-ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares], "herói da liberdade de expressão", a rua Augusta, agora rua Vitor Gaspar [ministro das Finanças], "grande inspirador do Portugal Novo", a rua do Ouro, agora avenida António Borges [consultor do Governo], "grande ideólogo da competitividade de Portugal", e a rua da Betesga, agora Carlos Moedas [secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro], "zeloso guardião do ajustamento de Portugal".
O email hoje enviado à agência Lusa dá ainda conta da mudança de nome da avenida Fontes Pereira de Melo para avenida Álvaro Santos Pereira [ministro da Economia], "grande obreiro da reindustrialização de Portugal", mas a Lusa não conseguiu encontrar as novas placas no local.
A Lusa tentou contactar os autores desta ação, mas até ao momento tal não foi possível.
O Governo de coligação PSD/CDS-PP, liderado por Pedro Passos Coelho, foi eleito a 5 de junho de 2011, numa altura em que Portugal estava sob intervenção externa. Dois anos depois, o desemprego está em máximos históricos (17,7% no primeiro trimestre de 2013) e o Produto Interno Bruto (PIB) continua a cair (-3,9% no primeiro trimestre de 2013).
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