Angola e Guiné Equatorial com taxas de natalidade elevadas entre jovens

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Porto Canal com Lusa

Lisboa, 17 out (Lusa) - Angola, Guiné Equatorial, Moçambique e Guiné-Bissau são os países lusófonos com as taxas de natalidade mais elevadas nas adolescentes entre os 15 e 19 anos, com um valor que ultrapassa os 10%, indica hoje um estudo da ONU.

Num relatório do Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP), intitulado "Acedendo ao Estado da População Mundial - 2017", Angola é, entre os estados lusófonos, o país com maior percentagem de jovens mães, com uma taxa de 191 nascimentos por cada mil adolescentes em 2016.

Guiné Equatorial (176/1.000), Moçambique (167/1.000) e Guiné-Bissau (106/1.000) são os países que surgem a seguir na tabela lusófona com uma taxa superior a 10%, lista em são seguidos por São Tomé e Príncipe (92/1.000), Brasil (65/1.000), Timor-Leste (51/1.000) e Portugal (10/1.000).

No relatório, não são, nesta categoria, apresentados dados para Cabo Verde, mas surge Macau, antigo território português que passou para administração chinesa em 1999, que registou três casos de mães adolescentes por cada 100.000 nascimentos.

No relatório do FNUAP, que não apresenta dados comparativos com documento de 2016, é incluído um item sobre as más práticas ou práticas danosas de casamentos de raparigas com idade igual ou inferior a 18 anos, mas não dispõe de dados sobre Angola, Cabo Verde, Macau e Portugal.

Neste item, e entre os países lusófonos, a percentagem mais elevada regista-se em Moçambique (48%), após o que surgem Brasil (36%), São Tomé e Príncipe (35), Guiné Equatorial (30), Guiné-Bissau (24%)e Timor-Leste (19%).

Com a mesma tendência, a de países menos desenvolvidos, a taxa de mortalidade infantil por cada 100.000 nados vivos, os Estados africanos lideram a tabela, negativa, dos lusófonos, com a Guiné-Bissau no topo, ao registar 549 mortes por cada 100.000 nascimentos, à frente de Moçambique (489) e Angola (477)

A Guiné Equatorial é o país seguinte (342), seguida por Timor-Leste (215), São Tomé e Príncipe (156), Brasil (44), Cabo Verde (42) e Portugal (10). Macau surge neste item sem dados.

Segundo os dados do relatório, outro fator analisado é a taxa de fertilidade, com Angola a liderar, com, 5,6 filhos por mulher, seguida por Timor-Leste (5,4), Moçambique (5,2), Cabo Verde (4,8), Guiné Bissau e Guiné Equatorial (ambos com 4,6) e São Tomé e Príncipe (4,4), Brasil (1,7), Macau (1,3) e Portugal (1,2).

Na taxa de renovação da população, Portugal é o único dos Estados lusófonos com crescimento negativo (-0,4%), embora Brasil (0,9%) e Cabo Verde (1,2%) se mantenham também abaixo do limite.

A Guiné Equatorial lidera este índice, com 4,1%, seguida de Angola (3,5%), Moçambique (2,9%), Guiné-Bissau (2,6%), São Tomé e Príncipe e Timor-Leste (ambos com 2,2%) e Macau (2,1%).

O relatório apresenta também tabelas referentes à esperança de vida à nascença, com Macau a surgir no topo (81 anos para os homens e 87 para as mulheres), seguido de Portugal (78-84), Brasil (72-79), Cabo Verde (71-75), Timor-Leste (67-71), São Tomé e Príncipe (65-69), Angola (59-65), Moçambique (57-61), Guiné Equatorial (57-59) e Guiné-Bissau (56-60).

JSD.

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