Retirados todos os sinais de tempestade em Macau após passagem do tufão Khanun
Porto Canal com Lusa
Macau, China, 16 out (Lusa) -- Os Serviços Meteorológicos e Geológicos de Macau desativaram hoje todos os sinais de tempestade tropical, depois da passagem do tufão Khanun, quase dois meses depois da passagem do Hato, que matou dez pessoas.
Os alertas foram retirados às 00:30 (17:30 de domingo em Lisboa), numa altura em que o Khanun estava a 290 quilómetros a sudoeste de Macau e a afastar-se gradualmente do território.
A escala de alerta de tempestades tropicais é formada pelos sinais 1, 3, 8, 9 e 10, hasteados tendo em conta a proximidade da tempestade e a intensidade dos ventos.
Durante o período em que esteve içado o sinal oito de tempestade, entre as 10:00 e 21:00 (entre 03:00 e 14:00 em Lisboa) de domingo, os Serviços de Saúde de Macau deram assistência hospitalar a sete feridos, a maioria com escoriações e ferimentos ligeiros, tendo apenas um ficado internado "devido a um hematoma no couro cabeludo e ligeira concussão cerebral".
Mais do que danos, o Khanun causou sobretudo congestionamentos à passagem por Macau, com a suspensão dos transportes públicos durante quase todo o dia de domingo, a interrupção das ligações marítimas e o cancelamento de mais de 70 voos.
Durante o período em que o sinal 8 esteve içado, as pontes estiveram encerradas, sendo a ligação entre Macau e a ilha da Taipa feita apenas pelo tabuleiro inferior da Ponte Sai Van.
Em Macau as autoridades registaram um total de 67 incidentes, a maioria (40) relacionados com a queda de reclames, todos, placas metálicas, varas de ferro e janelas. Foram também registados, entre outros, 11 casos de queda de árvores e antenas, quatro inundações, nomeadamente no Porto Interior, uma das zonas habitualmente mais afetada pelas cheias, e dois casos de obstrução ou dano da rede de esgotos.
Durante a passagem do tufão, entre as 07:30 e 20:00 (entre as 23:30 de sábado e 13:00 de domingo em Lisboa), a Direção dos Serviço para os Assuntos de Tráfego detetou 80 casos de abuso de cobrança de tarifa, 19 casos de rejeição de transporte, e ainda nove casos de veículos a operar sem licença de táxi.
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