PSD/Açores não indica favorito à liderança do partido a nível nacional
Porto Canal com Lusa
Ponta Delgada, Açores, 14 out (Lusa) -- O PSD/Açores anunciou hoje que não irá mostrar preferência por candidatos à liderança do partido a nível nacional, nas próximas eleições diretas, agendadas para janeiro.
"Em relação às eleições diretas para o PSD nacional, o PSD/Açores não irá mostrar quaisquer preferências, nem dar indicações de voto aos seus militantes. Cada militante é livre de participar ativamente no processo eleitoral em curso", adiantou hoje, em conferência de imprensa, António Almeida, secretário-geral do PSD/Açores.
O social-democrata leu um comunicado, na sequência de uma reunião da Comissão Política Regional do PSD/Açores, realizada na sexta-feira.
O Conselho Nacional do PSD aprovou, na segunda-feira, a realização de eleições diretas para escolher o presidente do partido em 13 de janeiro e o Congresso em 16, 17 e 18 de fevereiro.
O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, anunciou que não se iria recandidatar ao cargo, dois dias depois de um dos "piores resultados de sempre" do partido em autárquicas e com o argumento de não querer passar a ideia de estar "agarrado ao poder".
Até ao momento, já anunciaram candidaturas à liderança do PSD o antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes e o antigo presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Rio.
O ex-líder parlamentar do PSD Luís Montenegro, o eurodeputado Paulo Rangel e o antigo líder da JSD Pedro Duarte excluíram-se desta disputa interna.
A Comissão Política Regional do PSD/Açores analisou também os resultados das eleições autárquicas no arquipélago e apesar de ter admitido que não foram atingidos os objetivos, considerou que o partido "mantém uma sólida presença no poder local da região".
"O partido aumentou o número de câmaras a que preside e obteve mais de 41% dos votos, enquanto que o Partido Socialista alcançou 45%. Estes resultados são um sinal de futuro para o PSD/Açores, que quer ser cada vez mais uma alternativa ao poder socialista", frisou António Almeida.
O secretário-geral social-democrata anunciou ainda que será implementado um "programa de auscultação regular dos militantes, através da realização de assembleias de ilha temáticas" e que serão promovidas várias conferências, com o objetivo de "desenvolver uma reflexão acerca do momento atual da autonomia e sobre o modo como os Açores e os açorianos estão a viver a democracia".
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