PSD queixa-se de "opacidade" nas nomeações da Câmara do Porto
Porto Canal / Agências
Porto, 23 dez (Lusa) - O vereador do PSD Ricardo Almeida criticou hoje "a opacidade" que diz envolver a nomeação dos administradores executivos das empresas municipais tuteladas pela Câmara do Porto, ameaçando apresentar "um voto de protesto".
Ricardo Almeida aproveitou um ponto da ordem de trabalhos da reunião pública de hoje do executivo municipal, relacionado com a empresa municipal Domus Social, para levantar a questão e reclamar maior transparência.
O presidente da Câmara, Rui Moreira, não lhe deu qualquer resposta e mais à frente foi a vez de outro vereador social-democrata, Amorim Pereira, voltar a esse tema, sustentando que a designação dos membros das administrações daquelas empresas tem de ir à vereação.
"Os vereadores não devem permanecer na ignorância, sob pena de estarmos a falar de boys do PS", afirmou Amorim Pereira.
O vereador disse tratar-se de uma "questão de transparência" sobre critérios de escolha dos administradores.
Rui Moreira respondeu-lhe dizendo que o critério adotado é de "rigor e competência".
"Não nos deixaremos intimidar", completou o autarca, frisando que a lei sobre esta matéria foi aprovada pelo atual governo PSD/CDS-PP.
"Não quero fiscalizar processos nem fazer processos de intenções", replicou Amorim Pereira.
A reunião prosseguiu com a proposta de "aprovação do tarifário para 2014 das Águas do Porto", que passou quase sem discussão e com a abstenção da CDU e do PSD.
O vereador da CDU, Pedro Carvalho, defendeu que as famílias em situação de "carência económica" deviam ter um benefício nos "primeiros cinco metros cúbicos" de água consumida, designando-o "isenção social".
Nesta reunião camarária também foi aprovada, por unanimidade, a "abertura de um período de discussão pública" de uma proposta de alteração ao Plano de Pormenor das Antas".
Uma técnica do serviço municipal de Urbanismo explicou tratar-se de uma alteração que não vai deturpar o plano, prevendo, nomeadamente, "pequenos acertos na volumetria".
O vereador do PSD Ricardo Almeida quis saber se o FC Porto, cujo estádio se encontra na zona abrangida, está par da alteração.
"Estas alterações não abrangem a área do estádio", afirmou Rui Moreira, acrescentando que "não há nenhuma alteração substantiva"
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