Trabalhadores do Casino da Póvoa prepararam queixa-crime para entregar na PGR

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Porto Canal / Agências

Póvoa de Varzim, 23 dez (Lusa) - O sindicato que representa os trabalhadores do Casino da Póvoa, alvo de despedimento coletivo, adiantou hoje que está a preparar uma queixa-crime a entregar na Procuradoria da República "denunciando situações de ilegalidade" nas instalações deste estabelecimento de jogo.

Em declarações à agência Lusa, o responsável do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Restaurantes e Similares do Norte (STIHRSN), Francisco Figueiredo, lamentou que a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) e o Serviço de Inspeção de Jogos, entidades às quais este sindicato recorreu, "ainda não tenham dado resposta" e prometeu "ir até às últimas consequências" nas formas de luta.

"Os trabalhadores vão reunir após o Natal e vamos decidir novas formas de luta que passarão pela entrega de uma queixa-crime na Procuradoria-Geral da República. Lamentamos que as entidades [ACT e Serviço de Inspeção de Jogos] estejam a fechar os olhos a situações flagrantes e graves de ilegalidade. A lei do jogo está a ser mal aplicada. Em causa também está um contrato de concessão duvidoso. E há indícios de branqueamento de capitais", descreveu, à Lusa, Francisco Figueiredo.

Hoje, o STIHRSN, em comunicado, contou que "os trabalhadores do casino da Póvoa de Varzim, vítimas do processo de despedimento coletivo, continuam a ser impedidos de exercer as suas funções profissionais". Situação que consideram "ilegais".

O sindicato diz também que há membros da Comissão de Trabalhadores e delegados sindicais que "estão a ser impedidos de exercer as funções de representantes dos trabalhadores".

"Estão proibidos de circular nas instalações. Entretanto, como faltam trabalhadores, a empresa colocou mais uma máquina EVT. Estas máquinas, que substituem os caixas fixos, não identificam os clientes, violando a lei de branqueamento de capitais", pode ler-se no comunicado.

Francisco Figueiredo contou que os trabalhadores das caixas do Casino da Póvoa se têm apresentado ao serviço todos os dias mas a empresa que gere este estabelecimento comercial de jogo, o grupo Estoril Sol, tem-lhes "negado" o acesso ao fundo de caixa que lhes permite trabalhar, logo estes funcionários "são obrigados a permanecer no local de trabalho com a caixa encerrada", algo que, o sindicalista adjetivou de "indigno" e "humilhante".

O comunicado do STIHRSN fala, ainda, em agressões: "duas trabalhadoras do departamento de marketing foram agredidas no local de trabalho", diz o comunicado.

"Estão em causa o cumprimento do Acordo de Empresa, do Código do Trabalho, da Lei do Jogo, da Lei que combate o branqueamento de capitais e o contrato de concessão celebrado com o Estado", completa o documento.

A 12 de dezembro, o STIHRSN contava que 21 trabalhadores tinham recebido carta de despedimento. O grupo Estoril Sol alega que está a proceder a uma reestruturação.

PYT // MSP

Lusa/fim

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