Portugal deve atingir a médio prazo 50% de exportações no PIB ou terá grandes dificuldades em competir

| Economia
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 12 out (Lusa) - O secretário de Estado da Internacionalização português admitiu hoje que se Portugal, no médio prazo, não atingir 50% de exportações no PIB "terá grandes, grandes dificuldades em competir para sustentar o crescimento.

Eurico Brilhante Dias, que falava na conferência "Construir o Futuro Moçambique Portugal", realizada esta manhã em Lisboa, salientou que, além dessa meta, o país terá também de garantir o nível de importações necessário para atrair investimento.

"O desenvolvimento, o crescimento e a internacionalização das empresas portuguesas é também muito importante para a economia portuguesa. Portugal, se, no médio prazo, não atingir 50% de exportações no PIB, terá grandes, grandes dificuldades em competir, de modo a sustentar o crescimento e o nível necessário de importações ao investimento. E, para nós, esse é um elemento central", afirmou.

O alerta de Eurico Brilhante Dias surgiu num contexto em que falava das boas condições atualmente existentes para as empresas portuguesas internacionalizarem os seus negócios em Moçambique, através de parcerias, apesar de reconhecer ser ainda preciso reforçar dois pilares nas relações económicas bilaterais.

"Se formos capazes de reforçar estes dois pilares - na informação e no financiamento -, estaremos em melhores condições de atingir os objetivos políticos e a ambição que temos, que é a de reforçar mais empresas portuguesas e moçambicanas nos dois mercados e criar mais postos de trabalho", sustentou.

Terça-feira, dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) indicaram que as exportações aumentaram 14,3% e as importações subiram 12,8% em agosto face ao período homólogo, o que se traduziu num agravamento do défice da balança comercial para 1,316 mil milhões de euros.

Segundo os dados do INE, em julho, as exportações tinham registado uma variação homóloga de 4,6% e as importações de 13,0%.

Os maiores contributos para a aceleração das exportações tiveram origem nas categorias económicas de material de transporte e de combustíveis e lubrificantes, sinaliza.

Excluindo os combustíveis e lubrificantes, as exportações aumentaram 12,4% e as importações cresceram 14,7% (respetivamente 5,1% e 9,6% em julho).

O défice da balança comercial de bens situou-se em 1,316 mil milhões de euros em agosto, o que representou um acréscimo de 105 milhões de euros face ao mês homólogo de 2016.

JSD (ICO)// ATR

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