Autárquicas: Candidatura de Nuno Cardoso ao Porto está ao serviço do PSD - PS
Porto Canal / Agências
Porto, 06 jun (Lusa) -- O presidente da Federação Distrital do PS do Porto considerou hoje que a candidatura independente de Nuno Cardoso é "instrumentalizada, ao serviço da candidatura do PSD" liderada por Luís Filipe Menezes.
"Trata-se de uma candidatura meramente instrumental que mostra de forma muito clara a fragilidade da candidatura do PSD. Há seis meses, a candidatura do PSD aparecia com 60% das intenções de voto, na última sondagem aparece com 33 por cento. Portanto, havia que criar uma candidatura para tentar fragilizar o projeto alternativo sólido e credível liderado por Manuel Pizarro", disse José Luís Carneiro.
Em declarações à Lusa, o dirigente socialista lembrou que Nuno Cardoso esteve presente no anúncio da candidatura de Luís Filipe Menezes à presidência da Câmara do Porto.
"Os cidadãos do Porto percebem de forma muito clara que se trata de uma candidatura instrumental ao serviço da candidatura do PSD e ao serviço neste caso também do Governo. Nuno Cardoso teve até há pouco tempo relações profissionais com a Câmara de Gaia e esteve na apresentação da candidatura de Luís Filipe Menezes", frisou.
O dirigente do PS/Porto disse ainda estar "convencido de que os cidadãos do Porto farão uma leitura muito negativa deste anúncio na medida em que olharão para a candidatura como a manifestação muito clara de que há responsáveis políticos para quem todos os meios são legítimos para alcançar objetivos eleitorais".
A agência Lusa contactou também o próprio candidato do PS à Câmara do Porto, Manuel Pizarro, que não se quis pronunciar sobre a anunciada candidatura de Nuno Cardoso, remetendo a reação para o líder da Distrital.
O ex-presidente da Câmara do Porto Nuno Cardoso anunciou hoje que vai avançar como independente à autarquia portuense para "responder a um apelo muito forte" das pessoas que encontra na rua.
Nuno Cardoso presidiu à Câmara do Porto, entre 1999 e 2002, quando Fernando Gomes abandonou o cargo para ser ministro da Administração Interna, no último Governo de António Guterres.
Foi convidado pelo PS para ser o candidato do partido à Câmara da Maia, mas não aceitou por ter um projeto para o Porto.
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