Catarina Martins espera que Governo "ouça com atenção" avisos de economistas do PS

| Política
Porto Canal com Lusa

Santa Maria da Feira, Aveiro, 21 set (Lusa) - A coordenadora do BE, Catarina Martins, espera que o Governo "ouça com atenção" o aviso de "economistas do PS" de que "não é preciso fazer uma consolidação orçamental tão rápida como o ministro das Finanças tem defendido".

Economistas do 'think thank' Institute of Public Policy (IPP), entre os quais o deputado do PS Paulo Trigo Pereira, propõem uma política orçamental "menos restritiva" do que a prevista pelo Governo até 2021, defendendo que, com metas menos apertadas, seria possível mais despesa pública e, consequentemente, mais crescimento económico.

"Acho muito interessante que haja um grupo de economistas do PS que esteja defender algo que o Bloco de Esquerda tem dito. Nós temos que fazer escolhas e não é preciso fazer uma consolidação orçamental tão rápida como o ministro das Finanças tem defendido", disse hoje Catarina Martins aos jornalistas, à margem da primeira ação de campanha autárquica do dia, em Santa Maria da Feira.

De acordo com a líder do BE, se a consolidação orçamental "for mais lenta" e forem feitas "as despesas certas, os investimentos certos, o crescimento da economia será mais sustentado e, portanto, as contas públicas ficarão também mais saudáveis".

"Eu acho que este aviso que é feito por economistas da área do PS a Mário Centeno é um aviso interessante que eu espero que o Governo ouça com atenção", apelou.

Catarina Martins considerou ainda que o estudo pode ter sido mal interpretado e explicou que o leu com atenção, para lá das declarações de Paulo Trigo Pereira na entrevista à Rádio Renascença e ao Público, na qual disse que "não é possível fazer tudo ao mesmo tempo, isso é alquimia".

"Alquimia era o que prometia a direita que, cortando tudo na economia, um dia a economia havia de florescer, uma espécie de renascer das cinzas. E essa alquimia é que não funcionou", sublinhou a líder bloquista.

O que funciona, de acordo com Catarina Martins, "é recuperar o país, os salários, as pensões, os serviços públicos" porque assim "a economia cresce, gera emprego e fica-se melhor".

JF (SP) // JPS

Lusa/fim

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