PS de Póvoa de Lanhoso acusa presidente da Câmara de "atitude ditatorial"
Porto Canal / Agências
Póvoa de Lanhoso, 19 dez (Lusa) - Os vereadores do PS na Câmara de Póvoa de Lanhoso acusaram hoje o presidente do executivo, Manuel Batista (PSD), de "atitude ditatorial", por não ter permitido que interviessem na última Assembleia Municipal (AM).
Contactada pela Lusa, fonte do gabinete de Manuel Batista lembrou que a AM "tem regras" e que os vereadores só intervêm quando o presidente da Câmara dá permissão.
"No caso concreto, o presidente considerou que o assunto estava encerrado e que não havia nada a esclarecer, pelo que não concedeu a palavra ao vereador Frederico Castro (PS)", acrescentou.
Para os socialistas, estas são "atitudes impróprias dos tempos em que vivemos".
"É uma atitude ditatorial, é uma atitude de quem não respeita o papel da oposição e que não respeita o contraditório que devia ser permitido aos vereadores da oposição", referem, em comunicado.
Os vereadores do PS acusam ainda Manuel Batista de "desrespeito" pela Câmara, pela oposição e pela população do concelho, por ter faltado às duas reuniões públicas deste mandato do executivo.
Referem que na última reunião, em que Batista não marcou presença, havia na ordem de trabalhos um ponto que previa a aprovação da proposta de construção do Centro Interpretativo Maria da Fonte, requisito obrigatório para candidatar aquele equipamento a fundos comunitários.
"Não fora a comparência dos vereadores do Partido Socialista e essa proposta não seria aprovada", sublinham os vereadores do PS.
A fonte do gabinete de Manuel Batista contactada pela Lusa explicou que a ausência do presidente se ficou a dever ao facto de entretanto ter chegado a convocatória para a eleição do Conselho Regional do Norte.
Na primeira reunião pública, a ausência de Manuel Batista foi justificada com uma viagem ao estrangeiro.
"São apenas coincidências. O presidente, obviamente, não tem medo de estar nas reuniões públicas", acrescentou a fonte.
VCP // JGJ
Lusa/fim