UGT/Açores defende atualização da remuneração complementar superior a 10%

| Economia
Porto Canal com Lusa

Ponta Delgada, Açores, 15 set (Lusa) -- O líder da UGT/Açores defendeu uma atualização da remuneração complementar nunca inferior a 10%, justificando o valor com o diferencial da inflação na região e o congelamento, desde 2010, dos salários na administração pública.

"Esta reivindicação prende-se com o diferencial da inflação na região nos últimos 10 anos, e, por outro lado, desde 2010 estão congelados os vencimentos da administração pública", declarou Francisco Pimentel, em conferência de imprensa realizada em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.

A remuneração complementar, também conhecida como subsídio de insularidade, existe há cerca de dez anos para os funcionários da administração pública regional e local que ganham até 1.304 euros.

O sindicalista, que procedeu à apresentação do caderno reivindicativo para a função pública para 2018, referiu que entre 2010 e 2012 assistiu-se a atualizações da remuneração complementar, mas, desde esta data, o aumento deste complemento dos salários da administração pública, para vencimentos entre os 557 e 1304 euros, não se concretizou.

Questionado sobre o esforço orçamental que poderá representar para o Governo dos Açores um aumento superior a 10%, o dirigente respondeu que "este impõe-se neste momento porque está-se a falar de perdas de rendimentos" dos trabalhadores.

Francisco Pimentel defendeu este aumento no âmbito do "reforço das políticas sociais de combate à pobreza e à exclusão social" que "permitam a reposição e aumento dos rendimentos dos trabalhadores".

A UGT/Açores, que defende que ainda não se registou a "adoção de um novo paradigma de desenvolvimento económico e social que a região tanto carece e reivindica", preconiza no caderno reivindicativo da função pública para 2018 o descongelamento das progressões e promoções nas carreiras de "todos os trabalhadores em função públicas da administração pública regional dos Açores".

O responsável reivindicou o aumento de 2.5% nos salários dos trabalhadores na região "devolvendo-se, assim, parte do poder de compra perdido por estes vencimentos, que no momento se situa nos 13%, a par do desagravamento fiscal sobre os cidadãos e as empresas, em sede de IVA, IRAS, IRC.

A estrutura sindical quer ver adotadas "políticas de crescimento económico sustentável", nomeadamente na agricultura, pescas e turismo, a par de uma "aplicação eficiente" dos fundos europeus e de uma política de apoio à requalificação urbana em cooperação com as autarquias.

Francisco Pimentel entende, ainda, que se devem adotar na região políticas de atração do investimento interno e externo que "conduzam à criação e reforço de empresas regionais", bem de apoio ao emprego, formação e valorização profissional.

JYAM// ATR

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