Portugal produz tecnologia mais avançada de identificação química com uso na saúde
Porto Canal com Lusa
Lisboa, 15 set (Lusa) - Portugal integra um consórcio europeu que vai desenvolver, a partir de 2018, uma tecnologia mais avançada de identificação e caracterização química, com aplicações na saúde e na indústria alimentar ou farmacêutica, indicou hoje o coordenador da equipa nacional.
O projeto, a concretizar até 2021 com um financiamento comunitário de cinco milhões de euros, consiste em aperfeiçar a tecnologia de espectrometria de massa, permitindo determinar a massa de uma molécula de um composto químico de forma mais precisa e rápida, e assim identificar e caracterizar melhor uma substância.
"É uma tecnologia que tem mais resolução, permite determinar a massa molecular com um enorme rigor, ver aquilo que outras [tecnologias] não veem", afirmou à Lusa o líder da equipa portuguesa no consórcio europeu, Carlos Cordeiro, professor do Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
O docente adiantou que a tecnologia será útil para projetos de investigação em curso na faculdade, como a identificação de alterações nas proteínas associadas à doença dos pezinhos, podendo ser igualmente utilizada na caracterização de novas drogas sintéticas e explosivos e na descrição da composição química do vinho ou de um medicamento.
O consórcio inclui, além da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, nove universidades de França, Reino Unido, Itália, República Checa, Bélgica, Alemanha, Finlândia e Rússia e três empresas, como a principal fabricante de espectrómetros de massa.
Portugal faz parte da rede europeia de espectrometria de massa, que agrega 15 a 20 laboratórios, segundo Carlos Cordeiro.
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