Congresso dos Estados Unidos rejeita nacionalismo e supremacia branca

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Porto Canal com Lusa

Washington, 13 set (Lusa) -- O Congresso dos Estados Unidos adotou por unanimidade uma resolução que rejeita o "nacionalismo e supremacia branca", um documento que o Presidente, Donald Trump, criticado por hesitações sobre este tema, já se comprometeu a assinar rapidamente.

A resolução foi redigida para condenar oficialmente os atos de violência em Charlottesville, em agosto, durante os quais uma manifestante anti-racista, Heather Heyer, foi morta por um condutor que avançou sobre a multidão. Dezanove pessoas também ficaram feridas.

O texto condena "a violência racista e o ataque terrorista" ocorrido em Virginia e "rejeita o nacionalismo branco, a supremacia branca e o neonazismo como expressões de ódio e de intolerância, que contradizem os valores que definem o povo dos Estados Unidos".

O Congresso insta ainda o Presidente a "expressar-se contra os grupos de ódio que defendem o racismo, o extremismo, a xenofobia, o antissemitismo e a supremacia branca".

O documento tem de ser assinado por Donald Trump para entrar em vigor.

Donald Trump afirmou que assinará o texto "mal o receba", declarou a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, afirmando que o Presidente tinha sido "claro" na sua declaração inicial sobre a condenação "do ódio e do racismo sobre todas as suas formas".

Se de facto Donald Trump condenou os ataques racistas num discurso solene feito na Casa Branca, o chefe de Estado norte-americano, no dia seguinte, surpreendeu a classe política norte-americana, inclusive no campo republicano, pelas suas posições ambíguas.

"Penso que há erros dos dois lados", disse Donald Trump, referindo-se aos membros de extrema-direita que convocaram a manifestação para a pequena cidade do estado de Virgínia e aos manifestantes que lá se reuniram para os denunciar.

A resolução foi aprovada por unanimidade pela Câmara de Representantes esta terça-feira, um texto que tinha contado com o apoio de todo o Senado na segunda-feira.

A cidade da Virginia foi palco, a 12 de agosto, de confrontos violentos entre o Ku Klux Klan e militantes supremacistas brancos, que se opunham à remoção de uma estátua de um general Robert E. Lee, e numerosos manifestantes antirracismo.

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