Existem cerca de 230 mil funcionários públicos sem progressões na carreira desde 2010

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 08 set (Lusa) - Cerca de 230 mil funcionários públicos não tiveram qualquer valorização salarial nos últimos sete anos, mas todos terão direito a progredir, por fases, adiantou hoje a presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado.

"Há um número significativo de trabalhadores, cerca de 230 mil, que não tiveram qualquer valorização remuneratória, mas sabemos que outros tiveram", afirmou Helena Rodrigues à saída da reunião com a nova secretária de Estado da Administração e do Emprego Público, Fátima Fonseca, no Ministério das Finanças.

A dirigente sindical disse aos jornalistas que durante o encontro houve uma "abordagem" ao relatório do Governo sobre o impacto orçamental do descongelamento de carreiras, documento ainda não divulgado, onde constará esse número.

Helena Rodrigues adiantou que o documento revela uma "disparidade de análise e de situações" e que a única certeza que há é de que o descongelamento das carreiras será feito "por fases" e abrangerá todos os trabalhadores, com ou sem progressões nos últimos anos.

Sobre o faseamento e a forma como será feito o descongelamento das carreiras, que estão congeladas desde 2010, nada foi dito, acrescentou a sindicalista.

Para a dirigente sindical, que esperava do encontro de hoje medidas concretas do Governo, "a austeridade mantém-se para os trabalhadores da administração pública, embora comunicada de forma diferente".

"A forma mais justa [para o descongelamento das carreiras] é repor a legalidade, ou seja, repor a lei que estava em vigor relativamente a cada carreira", considerou a presidente do STE.

"Vamos esperar pela segunda reunião, analisar o relatório e vamos ver se o Governo vem mais ao nosso encontro porque neste momento não houve essa aproximação", concluiu Helena Rodrigues.

A dirigente disse ainda que "está colocada de parte qualquer atualização remuneratória" para o próximo ano. O STE exigia aumentos salariais de 2% para 2018.

Depois do STE, serão recebidos esta tarde pela secretária de Estado a Frente Comum e a Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP).

DF// ATR

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