Prova de avaliação dos professores não se realizou na escola Morgado Mateus - Vila Real

Prova de avaliação dos professores não se realizou na escola Morgado Mateus - Vila Real
| Norte
Porto Canal

A prova de avaliação dos professores não se realizou hoje de manhã na escola Morgado Mateus, em Vila Real, depois de um grupo de docentes em protesto ter demovido os colegas de entrarem no recinto escolar.

Eram cerca de 380 os professores que estavam inscritos para realizaram a prova de avaliação de conhecimentos nas escolas secundárias Morgado Mateus e São Pedro, na cidade de Vila Real.

Carlos Taveira, dirigente do Sindicato dos Professores do Norte, disse à agência Lusa que nenhum dos professores inscritos na Morgado Mateus fez a prova, enquanto apenas nove estão a efetuá-la na escola São Pedro.

Logo pela manhã foram colocados cadeados nos portões dos dois estabelecimentos de ensino da capital de distrito, os quais foram cortados.

No entanto, durante a manhã foram muitos os professores que se foram juntando nas entradas das escolas, empunhando cartazes onde se podia ler "corrigir e vigiar também é humilhar", ao mesmo tempo que entoavam cânticos como "não à prova" ou "roubam-nos tudo, até o canudo".

"O objetivo é sensibilizar os colegas para a nossa causa porque achamos que esta prova é ridícula, é humilhante para os professores e põe em causa toda a formação que tivemos nas universidades", salientou Ricardo Almeida, professor com quatro anos e sete meses de serviço.

Este docente foi um dos que se recusou a fazer a prova. Durante a manhã de hoje, os poucos professores que ainda tentaram entrar na escola Morgado Mateus foram demovidos pelos colegas em protesto e ninguém entrou no estabelecimento de ensino, onde a prova acabou por não se realizar.

A prova está a ser aplicada aos professores contratados com menos de cinco anos de serviço e é encarada pelos docentes como "uma humilhação" e uma forma de os retirar do sistema.

Luciana Fernandes veio de Armamar para fazer uma avaliação com a qual não concorda, mas que se sentia obrigada a fazer.

"Era uma prova que não queria fazer porque não é justa, mas como também não me deixaram entrar, acabei por não a fazer. É dois em um", frisou.

Os docentes que marcaram presença nas duas escolas de Vila Real vão agora juntar-se e manifestar-se em frente à Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

"Acho muito estranho que as universidades não tenham uma palavra a dizer pela nossa formação", salientou Ricardo Almeida.

Mais de 13 mil professores tinham hoje marcada uma prova de avaliação de conhecimentos, no mesmo dia em que os sindicatos da Fenprof marcaram uma greve.

A prova de avaliação dos professores foi anunciada no verão passado e desde logo contestada. Em novembro, na sequência de uma reunião com sindicatos da Educação, afetos à central sindical UGT, nomeadamente a Federação Nacional da Educação, o ministério estabeleceu que apenas os professores com menos de cinco anos de carreira fariam a prova.

Os sindicatos que estiveram na reunião aceitaram a decisão e anularam as ações de contestação, mas a Fenprof manteve todas as ações de luta, incluindo a greve de hoje.

A prova, que começou às 10:30 com duração prevista de duas horas, deveria realizar-se em mais de uma centena de escolas.

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