Banco da Grécia prevê fim da recessão em 2014

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Porto Canal / Agências

Atenas, 17 dez (Lusa) - A Grécia vai regressar ao crescimento em 2014 após seis anos de recessão, segundo previsões divulgadas hoje pelo Banco da Grécia, que vê, contudo, no clima de "confronto político" uma incerteza que pode ameaçar a retoma.

O Banco da Grécia mostrou-se um pouco menos optimista que o governo ao apontar um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,5% em 2014, enquanto o governo prevê um crescimento de 0,6%.

"Os sinais são agora mais fortes e permitem prever que o próximo ano marcará o fim da recessão e que a economia vai começar a recuperar", refere o banco central num relatório sobre política monetária.

Entre os indicadores positivos figuram a obtenção de um excedente orçamental primário, uma diminuição das importações e um aumento das exportações, o que se deve sobretudo ao setor do turismo, explica a instituição.

O banco sublinha também que o programa de privatizações, que o país se comprometeu perante os credores internacionais a seguir, registou "progressos após atrasos significativos nas anos anteriores".

A recuperação deverá traduzir-se em 2014 num "abrandamento da queda do consumo", graças a uma baixa dos preços desde a primavera, num "pequeno aumento de investimento das empresas" e numa baixa de "um ponto" na taxa de desemprego recorde, que é atualmente superior a 27%.

Mas, a "forte incerteza" é suscetível de ameaçar este "regresso ao bom caminho", desde logo devido ao "clima político que dá sinais de polarização e de confronto", escreve o Banco da Grécia.

A instituição receia que esta situação se agrave com as eleições municipais, regionais e europeias que terão lugar no próximo ano e defende uma união das forças políticas quanto à necessidade de continuar as reformas no âmbito do programa de ajustamento em curso.

A Grécia, sob assistência financeira internacional desde 2010, tem desde junho de 2012 um governo de coligação de conservadores e socialistas, liderado por Antonis Samaras, mas as sondagens mais recentes dão vantagem à formação Syriza, esquerda radical.

EO// ATR

Lusa/fim

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