Associação de Deficientes na Covilhã vai fechar por falta de dinheiro
Porto Canal / Agências
Covilhã, 17 dez (Lusa) - A delegação distrital da Associação Portuguesa de Deficientes (APD), na Covilhã, não tem dinheiro para despesas básicas e vai encerrar no final do mês caso "não surja nenhum apoio", disse à Lusa a presidente daquele organismo.
Teresa Campos explicou que a delegação não consegue fazer face "sequer aos custos mensais de manutenção", pelo que "não resta outra alternativa, que não o encerramento".
"Neste momento, a nossa conta está a zero. Não temos dinheiro para pagar nem a água, nem a luz, nem a internet ou telefone, que são coisas que, obrigatoriamente, temos de ter para a associação poder funcionar com o mínimo de condições", afirmou.
Esta responsável referiu que, em anos anteriores, a associação contou com o apoio de algumas autarquias e juntas de freguesias do distrito, mas os donativos, bem como o valor dos que se mantiveram, são cada vez mais "reduzidos".
Quanto à quota paga pelos sócios, esta "é manifestamente insuficiente" para conseguir realizar os pagamentos.
"Cada sócio paga seis euros por ano, o que equivale a 0,50 euros por mês. Como se pode perceber, mesmo tendo muitos sócios, isso nunca dá para equilibrar as finanças de uma associação como a nossa, que não tem qualquer apoio do Governo", referiu.
Teresa Campos refere ainda que "ao longo dos últimos anos" a autarquia covilhanense "pouco ou nada ajudou", mas mostra-se esperançada de que, "perante a situação", tal venha a alterar-se.
"No dia 06 deste mês fomos visitados por um responsável da autarquia. Demos-lhe conta de toda a situação e foi-nos dito que nos contactavam durante a semana passada. Até agora, isso ainda não aconteceu, mas esperamos que aconteça e que nos possam ajudar", concluiu.
Em declarações públicas, o presidente da Câmara Municipal da Covilhã, Vítor Pereira, garantiu que tudo fará para evitar o encerramento da delegação, mas não concretizou quais as medidas a adotar, nem quando.
A delegação distrital da APD está sediada na Covilhã há mais de 10 anos, tem mais de 500 sócios e presta serviços de apoio aos deficientes.
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