Instituto das Florestas defende arborização da serra da Lousã

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Porto Canal / Agências

Góis, 05 jun (Lusa) - Um representante do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) defendeu hoje a arborização da serra da Lousã como um dos recursos que "não estão devidamente" aproveitados.

"Vocês deviam valorizar mais estes recursos endógenos", disse António Borges, em Góis, ao intervir na I Conferência sobre a Serra da Lousã, promovida pela Lousitânia - Liga de Amigos da Serra da Lousã.

Para o dirigente do ICNF, "há um conjunto de valores que a serra encerra", a começar pelas espécies autóctones, num maciço montanhoso, que "produz diariamente milhares de toneladas de matéria orgânica".

No entanto, "são os incêndios que levam regularmente" este recurso natural.

António Borges realçou que também a produção de cogumelos e a caça "ninguém aproveita" na região.

"Lanço aqui um repto a uma entidade que nos faça uma proposta para gerir este recurso", afirmou.

António Borges foi um dos oradores do debate "Poder político, turismo e desenvolvimento regional/local: balanço e novas oportunidades para a serra da Lousã".

O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Pedro Saraiva, disse que importa adotar "soluções de gestão integrada" desta montanha, um objetivo que nas últimas décadas tem sido preconizado por autarquias e outras entidades públicas.

"Que tipo de entidade gestora pode dar este salto qualitativo?", perguntou, perante uma plateia que chegou a integrar quase uma centenas de pessoas, entre autarcas, empresários, técnicos e dirigentes associativos.

Pedro Machado, presidente da Entidade Regional de Turismo Centro de Portugal, demarcou-se da "excessiva litoralização" da atividade turística, na região e no país, e preconizou um reforço da "valorização do território do interior", através de projetos a realizar com financiamentos do próximo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN, 2014-2020).

Machado deu o exemplo do turismo religioso, em Fátima, cujo santuário é visitado anualmente por milhões de pessoas, e defendeu que é necessário" fazer com que esses fluxos venham a este território" de baixa densidade demográfica.

Na primeira mesa redonda, usaram ainda da palavra o geógrafo Paulo de Carvalho, investigador e docente da Universidade de Coimbra, que moderou o debate, o presidente da Lousitânia, Paulo Silva, e os presidentes de seis dos sete municípios abrangidos pela serra da Lousã, que se estende pelos distritos de Coimbra e Leiria.

Intervieram os autarcas Lurdes Castanheira (Góis), Luís Antunes (Lousã), Fátima Ramos (Miranda do Corvo), Fernando Lopes (Castanheira de Pera), Rui Silva (Figueiró dos Vinhos), João Marques (Pedrógão Grande) e Luís Matias (vice-presidente da Câmara de Penela).

Artur Côrte-Real e Miguel Ventura, em representação da direção regional da Cultura e da Associação de Desenvolvimento Integrado da Beira Serra (ADIBER), respetivamente, foram outros dos oradores da conferência.

Depois de o autarca Rui Silva ter enaltecido as potencialidades de agregação multimunicipal do Encontro de Povos da Serra da Lousã, que desde 1997 acontece no recinto do Santo António da Neve, Paulo Silva e Miguel Ventura propuseram que a iniciativa seja adotada como "Dia da Serra da Lousã".

O encontro, cuja 17.ª edição está marcada para 13 de julho, é promovido por três jornais (Trevim, A Comarca de Figueiró e Mirante) e pela associação Caperarte.

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