Vendas a retalho na China sobem 10,4% em julho
Porto Canal com Lusa
Pequim, 14 ago (Lusa) - As vendas a retalho na China subiram 10,4%, em julho, relativamente ao mesmo mês de 2016, enquanto a produção industrial cresceu 6,4%, indicou hoje o Gabinete Nacional de Estatística chinês (GNE).
A produção industrial da China, um importante indicador da segunda maior economia mundial, registou um crescimento homólogo de 6,4%, no mês passado, abaixo do valor de junho, de 7,6%.
Entre janeiro e julho, a produção industrial chinesa cresceu 6,8%, uma décima abaixo da média atingida nos primeiros seis meses do ano.
A produção industrial é utilizada pelas estatísticas chinesas para medir a atividade das grandes empresas, com receitas anuais superiores a 20 milhões de yuan (2,5 milhões de euros).
O investimento em ativos fixos nos primeiros sete meses do ano subiu 8,3%, abaixo da média de 8,6% registada no primeiro semestre.
Entre janeiro e julho, o investimento no setor imobiliário cresceu 7,9%, abaixo dos 8,5% registados nos primeiros seis meses do ano, após Pequim aprovar várias medidas para conter a subida dos preços da habitação.
Em relatório, a consultora Capital Economics considerou que os dados sobre a atividade económica de julho estão muito abaixo das expetativas e demonstraram que "tanto a procura externa como a interna parecem ter abrandado no início do terceiro trimestre".
A Capital Economics atribuiu a desaceleração a medidas mais restritivas adotadas pelo Governo chinês, visando travar o aumento do endividamento das empresas.
A economia chinesa cresceu 6,9%, no segundo trimestre do ano, mais duas décimas do que no mesmo período de 2016, superando as previsões dos analistas.
A liderança do país quer manter a economia estável, a poucos meses de se realizar o congresso do Partido Comunista Chinês, o mais importante acontecimento da agenda política do país, que se realiza de cinco em cinco anos.
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