Bruxelas dá aprovação final à compra do Popular pelo Santander
Porto Canal com Lusa
Bruxelas, 08 ago (Lusa) - A Comissão Europeia deu a aprovação final à compra do Banco Popular pelo Santander, pelo preço de um euro, no âmbito da resolução daquela instituição.
Em comunicado, Bruxelas disse que a operação não apresenta problemas de concorrência, considerando que as quotas de mercado conjuntas dos bancos são inferiores a 25% e que continuará a haver concorrentes fortes nos mercados em causa.
A Comissão explicou que investigou o impacto da fusão nos mercados de Espanha e Portugal, seja nos serviços bancários de retalho, empresariais, 'leasing', gestão de dívida e prestação de serviços de ATM.
Em 06 de junho, o Banco Central Europeu (BCE) decretou que o Banco Popular não era viável e determinou a sua resolução, tendo em 07 de junho a Comissão Europeia dado a 'luz verde' ao plano de resolução, considerando que se enquadrava no regulamento do Mecanismo Único de Resolução.
O Santander acordou então comprar o Banco Popular pelo preço simbólico de um euro.
Para permitir a compra, o Conselho de Administração do Banco Santander concordou com um aumento de capital de 7 mil milhões de euros, que garantirão o capital e as provisões necessários para que o Banco Popular possa operar com normalidade.
Apesar de os depositantes ficarem protegidos nesta operação, acionistas e detentores de dívida perdem o investimento, o que abriu já a porta a processos judiciais.
Esta operação tem impacto em Portugal, uma vez que o Santander Totta irá integrar a operação do Banco Popular Portugal, nomeadamente os seus 1.000 trabalhadores.
Na semana passada, na conferência de imprensa de apresentação dos resultados semestrais, o presidente do Santander Totta, Vieira Monteiro, disse que o Santander Totta ainda está "limitado" na sua intervenção junto do Popular porque faltavam autorizações formais.
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