Santos Pereira quer combater desemprego com "Estado amigo" que não trave desenvolvimento

Santos Pereira quer combater desemprego com "Estado amigo" que não trave desenvolvimento
| Política
Porto Canal / Agências

O ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, defendeu hoje um "Estado amigo e não um entrave ao desenvolvimento" para fomentar crescimento económico e combater o desemprego, condenando Governos anteriores pela atual situação do país.

"Assim é com o combate à burocracia da economia e com a simplificação de procedimentos por parte de um Estado que se pretende amigo e não um entrave ao desenvolvimento", resumiu, reiterando a confiança na sua Estratégia para o Crescimento, Emprego e Fomento Industrial, na abertura da interpelação do PS, na Assembleia da República, sobre emprego e combate à exclusão social.

Santos Pereira defendeu tratar-se de um "esforço que os portugueses esperam que seja de todos", sublinhando que "o crescimento económico é a forma mais eficaz de combater desemprego" e manifestando a convicção que o PS acompanha tal teoria.

"É importante obter consensos de regime entre os principais partidos do arco da governação em torno da competitividade fiscal, da aposta no sistema dual e no ensino profissional, e do financiamento das nossas pequenas e médias empresas", disse.

O responsável pela pasta da Economia disse que "não há ninguém que possa invocar o exclusivo das preocupações sociais", referindo-se aos "partidos da esquerda".

"O desemprego crescente é devido a políticas erradas, aliás estes problemas não foram resolvidos pelo partido e governos do sr. deputado Miguel Laranjeiro [PS]. Certamente, o culpado não foi este Governo", continuou, acrescentando que houve "anos e anos de políticas erradas e de um crescente endividamento da economia portuguesa" agravados pela "maior crise financeira internacional desde a Grande Depressão".

O ministro da Economia e do Emprego adiantou "três pilares" para combater o desemprego: "políticas ativas de emprego", "formação profissional" e "incentivos ao investimento".

"O que nos move é o interesse nacional e não o taticismo político", afirmou, desejando "um compromisso verdadeiramente nacional no sentido de colocar a Economia ao serviço das pessoas, do trabalho e das empresas".

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