Dinamismo da criação de emprego está a sustentar recuperação do mercado laboral - Sec. Estado

| Economia
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 28 jul (Lusa) -- O secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, sinalizou hoje que os dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE) mostram que é "o dinamismo da criação do emprego" que está a sustentar a recuperação do mercado laboral.

O INE reviu hoje em baixa de 0,2 pontos percentuais a taxa de desemprego de maio para 9,2%, o valor mais baixo desde novembro de 2008, estimando para junho uma nova descida para 9,0%.

Em declarações à agência Lusa, Miguel Cabrita referiu que, na prática, há "uma recuperação de dois pontos percentuais" quando comparado com maio de 2016.

"Há uma descida de 11,2% para 9,2% que é um dado muitíssimo relevante e significativo e que de alguma forma confirma, reforça aquela que tem vindo a ser a tendência de recuperação sustentada quer da economia e quer do mercado de trabalho em Portugal", disse.

O secretário de Estado destaca assim que "os fluxos de entradas no emprego são a explicação fundamental para a evolução destes dados, ao contrário de outros momentos em que houve outras variáveis a manifestarem-se como as questões migratórias, ou a passagem à inatividade, no fundo pessoas desencorajadas, etc".

Neste momento, refere, "o que os dados mostram é que é de facto o dinamismo da criação do emprego que está a sustentar esta recuperação".

"Esta recuperação do mercado do emprego a que estamos a assistir está fortemente ancorada no dinamismo económico e na criação de emprego porque há muitos mais empregos a serem criados do que apenas pessoas a deixarem de ser desempregadas por outras razões", resumiu à Lusa.

Para junho, o responsável pela pasta do Emprego refere que o Governo vai aguardar "com tranquilidade" a confirmação da expectativa de 9,0%, mas indica que esta "mostra que há uma expectativa positiva por parte do INE em relação ao mercado do emprego".

"Mas nós temos sempre que olhar mais para os dados definitivos, uma vez que estes dados mensais são sujeitos a revisão, portanto o Governo aguarda com tranquilidade, mas com confiança a evolução dos próximos dados definitivos", disse.

Miguel Cabrita sinalizou ainda que o desemprego jovem baixou "pela primeira vez em muitos anos" dos 24%, para os 23,9%.

"Mas estes dados revelam que temos naturalmente muito trabalho para fazer, temos 9,2% de desemprego e 23,9% do desemprego jovem, estamos a aproximarmo-nos das metas da União Europeia, estamos a aproximarmo-nos daquelas que eram as expectativas para este ano mas o Governo continua a identificar e a eleger como prioridade a questão da criação de emprego e do dinamismo económico", disse.

A estimativa provisória da população desempregada de maio do INE foi de 473,7 mil pessoas, tendo diminuído 3,3% em relação ao mês precedente (menos 16,2 mil pessoas), enquanto a população empregada foi estimada em 4,670 milhões de pessoas, tendo aumentado 0,1% (mais 5,9 mil pessoas) face ao mês anterior.

A estimativa provisória da taxa de desemprego de junho de 2017 avançada pelo INE foi de 9,0% e, neste mês, a estimativa provisória da população desempregada foi de 462,6 mil pessoas e a da população empregada foi de 4,672 milhões de pessoas.

De acordo com o INE, em junho, a taxa de desemprego das mulheres (9,5%) excedeu a dos homens (8,5%) e ambas tiveram um decréscimo face ao mês anterior de 0,2 pontos percentuais.

A taxa de desemprego dos jovens situou-se em 23,4% e baixou 0,5 pontos percentuais em relação ao mês precedente.

A taxa de desemprego dos adultos, por sua vez, foi de 7,9% e diminuiu 0,2 pontos percentuais em relação a maio.

ICO// ATR

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