Trabalhadores sem-terra invadem fazenda da família de ministro brasileiro

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Porto Canal com Lusa

São Paulo, Brasil, 25 jul (Lusa) - O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupou hoje terras da família do ministro da Agricultura do Brasil, Blairo Maggi, em protesto conta a corrupção no país.

Além das terras do ministro brasileiro, os sem-terra invadiram fazendas de Ricardo Teixeira, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), e do coronel João Baptista Lima, que foi assessor e é amigo do Presidente brasileiro, Michel Temer.

Em comunicado hoje divulgado, o MST destacou que as ocupações fazem parte de uma jornada de luta para exigir a reforma agrária e denunciar "os corruptos ruralistas que sustentam o Governo" do Brasil.

"Os latifundiários que possuem estas áreas são acusados, no cumprimento de função pública, de atos de corrupção, como branqueamento de capitais, favorecimento ilícito, estelionato [crime contra o património] e outros", refere o movimento.

"O MST também se posiciona pelo afastamento imediato de Michel Temer da Presidência da República, primeiro Presidente na história acusado formalmente de corrupção", completou.

Além das ocupações, os trabalhadores sem-terra do Brasil também afirmaram que farão uma vigília até o dia 02 de agosto, quando deverá ser votado na Câmara de Deputados (câmara baixa do parlamento) se haverá ou não a continuação da denúncia contra Michel Temer.

O chefe de Estado brasileiro foi pessoalmente envolvido num escândalo de corrupção revelado por executivos da empresa JBS em maio, que confessaram a prática de diversos crimes em troca de perdão judicial.

Nos depoimentos à justiça, os arguidos disseram que pagaram um suborno ao Presidente brasileiro e seus principais aliados.

Um dos donos da JBS, o empresário Joesley Batista, também informou que estavam pagando pelo silêncio de Eduardo Cunha, ex-deputado preso e condenado por envolvimento nos escândalos de corrupção na petrolífera estatal Petrobras, com a autorização de Michel Temer.

Para o chefe de Estado brasileiro ser processado por crime de corrupção é necessário que a câmara baixa autorize o início do processo judicial.

CYR // PJA

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