BE acusa "empregados da 'troika'" de quererem austeridade apesar dos erros
Porto Canal / Agências
Lisboa, 12 dez (Lusa) - A deputada do BE Mariana Mortágua criticou hoje os "empregados da ´troika'" de defenderem a continuação da austeridade, apesar dos erros reconhecidos, após reunião entre parlamentares e representantes da Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional.
"Os empregados da ´troika' vieram hoje ao Parlamento dizer que, independentemente dos erros nos cálculos do FMI - erros que assumem -, os programas de ajustamento são para continuar", afirmou, nos Passos Perdidos, depois do encontro da comissão eventual que acompanha a implementação das medidas do programa de assistência económico-financeira.
A membro da bancada bloquista condenou a "extrema arrogância de quem acha que mais meio milhão de desempregados, menos meio milhão, é indiferente perante a certeza de uma teoria económica, que já se sabe estar errada".
"Foi dito pelo representante do FMI que o ajustamento orçamental foi muito pequeno. Portanto, é para continuar e podemos esperar mais austeridade. A política da ´troika', no curto prazo, continua a ser baixar salários", saliento
Antes, o líder da missão do Fundo Monetário Internacional, Subir Lall, esclareceu que os representantes das entidades estrangeiras não estão em Portugal para discutir uma redução do salário mínimo.
"O BCE aposta em dar mais dinheiro, mais poder e mais confiança aos bancos para serem eles a gerir os recursos da economia e decidirem, eles mesmos, a decidir quem financiam, que estados financiam e em que termos", referiu ainda Mortágua.
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