Trabalhadores do Casino da Póvoa apresentam queixa contra a empresa
Porto Canal / Agências
Póvoa de Varzim, 12 dez (Lusa) - O sindicato que representa os trabalhadores do Casino da Póvoa, alvo de despedimento coletivo, anunciou hoje que apresentou queixa à Autoridade para as Condições de Trabalho contra a empresa que gere este estabelecimento acusando-a de "atitude ilegal".
Num comunicado enviado à agência Lusa, o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Restaurantes e Similares do Norte (STIHRSN) anunciou que pediu à Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) uma "intervenção urgente" junto da empresa que gere o Casino da Póvoa de Varzim.
O STIHRSN acusa o grupo Estoril Sol, detentor deste estabelecimento comercial, de estar a negar o acesso dos 21 trabalhadores que estão a ser alvo de um despedimento coletivo aos seus postos de trabalho, atitude que consideram "ilegal".
"A empresa alegando a reorganização dos serviços está a impedir a ocupação efetiva dos postos de trabalho e o exercício efetivo das funções profissionais a estes trabalhadores. Os trabalhadores recusaram tal ordem e a empresa coloco-os na mesma sem funções, obrigando alguns a permanecerem num armazém", descreve o comunicado.
Em declarações à Lusa, o responsável do STIHRSN, Francisco Figueiredo, considerou que esta atitude visa "apenas criar um ambiente intimidatório, hostil e degradante, desestabilizador e humilhante para os trabalhadores afetados".
"Os trabalhadores ao receberem a carta que diz claramente que vão ser despedidos, ainda que desmoralizados e a sentirem-se injustiçados, quiseram imediatamente apresentar-se para funções e fizeram-no. Foram apresentando-se conforme os horários e as suas funções. A empresa criou, de imediato problemas. Mas ninguém pode impedir um trabalhador de exercer as suas atividades profissionais", disse Francisco Figueiredo.
O responsável do STIHRSN acrescentou que os trabalhadores que constam no processo de reorganização da empresa receberam, entre terça e quarta-feira, a carta com a decisão final, confirmando-se a intensão de prosseguir com o despedimento coletivo.
PYT // MSP
Lusa/fim