Venezuela: Detidos cinco polícias pela morte de dois manifestantes

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Porto Canal com Lusa

Caracas, 22 jul (Lusa) -- As autoridades venezuelanas detiveram na sexta-feira cinco polícias alegadamente relacionados com a morte de duas pessoas na quinta-feira durante uma manifestação, no âmbito da greve convocada pelos opositores do Presidente Nicolás Maduro.

O Ministério Público informou, em comunicado, que nas próximas horas iria acusar Denys Montilla (39 anos), Guillermo Grillo (30), Jian Carlo García (39), David Velázquez (28) e Willy Díaz (27), todos agentes da polícia do município Guaicaipuro, do estado Miranda (norte).

Estes agentes são suspeitos de terem responsabilidade nas mortes de Ronney Eloy Tejera Soler (24) e de Eury Rafael Hurtado (34), ocorridas na tarde de quinta-feira, durante uma manifestação na zona de Santa Eulalia de Los Teques.

Na Venezuela, as manifestações a favor e contra Maduro intensificaram-se desde 01 de abril passado, depois de o Supremo Tribunal ter divulgado duas sentenças, que limitam a imunidade parlamentar e em que aquela instância judicial assume as funções do parlamento.

Na quinta-feira foi realizada na Venezuela uma greve geral convocada pela oposição, a qual levou também ao corte de estradas, afetando a normal circulação automóvel, o que gerou alguns confrontos violentos entre os manifestantes e as forças de segurança.

Três pessoas morreram, várias ficaram feridas e pelo menos 82 foram detidas, entre elas um lusodescendente, pela Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militar), naquele que foi referido como o dia de maior repressão contra opositores na Venezuela.

A organização não-governamental (ONG) Foro Penal Venezuelano afirmou que pelo menos 261 pessoas foram detidas na quinta-feira durante protestos, indicou numa mensagem na rede Twitter.

A oposição anunciou que 85% dos venezuelanos aderiram à greve geral de quinta-feira, em mais um protesto contra a eleição da Assembleia Constituinte, convocada por Maduro, e prevista para 30 deste mês.

"Depois de 7,5 milhões se expressarem no último domingo [no plebiscito simbólico contra Maduro], hoje [quinta-feira] 85% do país cumpriu a greve cívica ativa", anunciou o presidente do parlamento, Júlio Borges, no Twitter, onde publicou um mapa com as regiões do país que paralisaram.

A 01 de maio, Maduro anunciou a eleição de uma Assembleia Constituinte para alterar a Constituição, o que intensificou os protestos. Para a oposição, a Assembleia Constituinte vai acabar com a democracia no país e impor um regime comunista ao estilo de Cuba.

Os protestos contra Maduro já provocaram 100 mortos desde o início de abril, anunciou hoje o Ministério Público venezuelano.

A centésima morte foi de um jovem de 15 anos, durante uma manifestação, na quinta-feira, no Estado de Zuila (oeste do país), durante a greve geral realizada naquele dia.

FV (JSD/FPG/CSR) // EJ

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