Istambul, 20 jul (Lusa) -- A Alemanha reforçou hoje os conselhos para quem viaja para a Turquia, após a detenção de um ativista alemão dos direitos humanos naquele país, anunciou o chefe da diplomacia alemã.

Sigmar Gabriel anunciou igualmente, em conferência de imprensa, uma "reorientação" geral da política alemã para a Turquia, incluindo a revisão das ajudas para o investimento no país e a discussão sobre o futuro apoio de que Ankara beneficia da União Europeia.

O ativista alemão pertence a um grupo de 10 ativistas detidos a 05 de julho, quando participavam num curso de formação sobre segurança informática e segurança de dados que decorria na ilha de Büyükada, ao largo de Istambul.

Na quarta-feira, o ministério alemão dos Negócios Estrangeiros convocou o embaixador da Turquia em Berlim para manifestar a indignação do Governo de Berlim pela prisão do ativista e pedir a sua libertação imediata.

Em conferência de imprensa, o porta-voz do Ministério, Martin Schäfer, explicou que o chefe da diplomacia alemã decidiu interromper as férias para manter hoje consultas urgentes sobre "as ações e medidas a tomar devido à intensificação dramática das ações [de repressão] turcas".

Na terça-feira, um tribunal turco decidiu manter na prisão seis dos indiciados, acusados de terem "cometido um crime em nome de uma organização terrorista".

A diplomacia alemã considerou as acusações "absurdas".

Segundo as autoridades de Berlim, nove alemães, incluindo quatro turco-alemães, estão detidos na Turquia desde o golpe falhado contra o Presidente Erdogan em 15 de julho de 2016.

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