Guiné-Bissau continua dividida e novas eleições não vão resolver problema - Secretária executiva da CPLP

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Porto Canal com Lusa

Brasília, 20 jul (Lusa) - A secretária executiva da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Maria do Carmo Silveira, afirmou que a Guiné-Bissau permanece dividida e nem a realização de novas eleições vai resolver o impasse político do país.

"A situação na Guiné-Bissau é muito complicada. É um país que infelizmente vive uma situação de crise política que se arrasta há muitos anos, que não se resolveu com eleições. Fica sempre esta dúvida, mas a situação é de tal forma complexa que só os guineenses podem encontrar uma saída", disse em entrevista à Lusa.

Maria do Carmo Silveira, que está em Brasília para participar hoje na reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do bloco lusófono, contou que na última visita ao país africano, no passado mês de abril, constatou muito ressentimento e falta de diálogo entre a liderança da Guiné-Bissau.

"Encontrei um país muito dividido, em que há uma situação muito complicada, que exige que os principais atores políticos se sentem a mesa, dialoguem e encontrem uma saída. Fiquei com a impressão de que ainda há ressentimentos muito profundos", afirmou.

"Ainda existe uma dificuldade em criar uma plataforma para o diálogo. A saída da situação exige e é isto que está a ser difícil. Encontrei posições muito extremadas que estão a inviabilizar este diálogo", concluiu a secretária da CPLP.

A responsável frisou que, mesmo à distância, a CPLP vai continuar a acompanhar a situação na Guiné-Bissau.

A crise política neste país africano complicou-se desde as últimas eleições, com um afastamento entre o partido vencedor das legislativas, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e o Presidente da República, José Mário Vaz.

Além da falta de diálogo entre as diferentes lideranças, a polícia voltou a impedir a manifestação do movimento de cidadãos inconformados com a crise política, agravando ainda mais o quadro de instabilidade.

A situação política da Guiné-Bissau está entre os temas em debate na reunião de chefes da diplomacia da CPLP.

A organização lusófona completou 21 anos esta semana e integra Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

O Brasil ocupa a presidência rotativa do bloco desde a XI cimeira da organização, em Brasília, no final de outubro de 2016.

CYR // EJ

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