Autarca de Alijó quer pedir calamidade pública para o concelho

| Norte
Porto Canal com Lusa

O presidente da Câmara de Alijó disse que equipas multidisciplinares estão hoje no terreno a fazer um levantamento dos prejuízos causados pelo incêndio para, depois, pedir ao Governo a declaração de calamidade pública no concelho.

"O fogo não poupou nada por onde passou", afirmou Carlos Jorge Magalhães à agência Lusa.

É precisamente para avaliar os prejuízos causados por quase três dias de incêndio que foram, esta manhã, para o terreno equipas multidisciplinares, compostas por técnicos da autarquia e dos ministérios da Agricultura, da Segurança Social e da Saúde.

A prioridade é ver como estão as pessoas e avaliar as suas necessidades. Depois, fazer um levantamento dos prejuízos causados pelas chamas.

"Vamos recolher elementos no sentido de constituirmos um dossiê sustentado para pedirmos a declaração de calamidade pública", sublinhou o autarca.

Chã, Vila Chã, Santa Eugénia, Casas da Serra, Franzilhal e até Porrais, já no concelho de Murça, foram algumas das aldeias que o incêndio assolou e destruiu o trabalho de um ano inteiro na agricultura, tanto nas vinhas, algumas incluídas na Região Demarcada do Douro, como olivais, amendoais, nas árvores de fruto e nas hortas.

Segundo o presidente, houve também danos a nível da pecuária, dos pastos para os animais e ainda na apicultura, com a destruição de colmeias, uma atividade que "estava em expansão" e que serve de complemento do rendimento familiar para muitas famílias.

Carlos Magalhães referiu que se pretende apresentar uma candidatura a fundos comunitários, a uma medida do Portugal 2020 com vista à reposição do potencial produtivo.

A autarca não quis avançar com uma estimativa da área ardida, referindo que foi pedido um levantamento perimetral feito por um helicóptero para, com exatidão, saber quanto é que o município perdeu para o fogo.

"Estou com uma tristeza muito profunda relativamente ao concelho e estou extremamente preocupado e determinado em ajudar as populações a encontrar os mecanismos para que, aqui, a recuperação agroflorestal seja um exemplo para o país", sustentou.

O alerta para o fogo foi dado na madrugada de domingo. Foi dado como dominado e reacendeu-se com proporções tais que ameaçou aldeias e pintou de negro a paisagem deste concelho do distrito de Vila Real.

O incêndio foi dado como extinto cerca das 19:30 de terça-feira.

No terreno vão permanecer, durante o dia de hoje, em operações de rescaldo e de vigilância cerca de 400 operacionais, apoiados por 130 veículos e meios aéreos.

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