Distrital do PS/Porto admite novo acordo com Rui Moreira em futuras autárquicas

Distrital do PS/Porto admite novo acordo com Rui Moreira em futuras autárquicas
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Porto Canal

O líder da Federação do Porto do PS admitiu que o partido pode renovar o acordo de coligação com Rui Moreira na Câmara do Porto se a ação da autarquia estiver de acordo com os ideais do partido.

"Depende da forma como Rui Moreira se posicionar na sua ação política. Imagine que se posicionava no sentido de estar em conformidade com os valores do PS. Eventualmente, seria criado um quadro para que se possa alicerçar uma perspetiva futura do PS na cidade que viabilize este acordo, até noutros momentos", defendeu José Luís Carneiro, em declarações à Lusa.

Questionado sobre se o acordo poderá traduzir-se, nas próximas autárquicas, num acordo de coligação, Carneiro não respondeu, insistindo na necessidade de verificar "o modo como a ação política concreta corresponde ao compromisso metropolitano do Partido Socialista".

Ao invés, avisou, o acordo estaria comprometido se a regeneração urbana da Câmara do Porto colidisse com os valores do PS, se as políticas culturais, do ambiente e do turismo fossem oposta ao PS sempre defendeu.

"Nesse caso, estaríamos confrontados com um problema grave, do ponto de vista do futuro do PS", reafirmou.

Carneiro reafirmou que foi contrário ao acordo de coligação que implicasse a assunção de pelouros na câmara ou em empresas municipais, mas sublinhou que, partir do momento em que a comissão política concelhia tomou essa decisão, a distrital deve respeitá-la.

"Tudo faremos para que o acordo de coligação decorra o melhor possível em benefício dos cidadãos do Porto, em benefício da cidade e, ao mesmo tempo, com a expectativa de que o PS não se dilua neste acordo de coligação", defendeu.

Carneiro recordou, por outro lado, que a sua "preocupação legítima" passava também pela possibilidade de, face ao acordo, o PS "ficar com menor autonomia na afirmação da sua alternativa estratégica".

"Houve duas visões sobre a mesma questão, isso é um sinal de democracia e da pluralidade que existe dentro do PS. Eu não vejo nisto nenhum drama. Vejo a necessidade de afirmarmos uma visão distinta em relação a um problema", insistiu.

Sobre se a opção da concelhia sobre o acordo para a câmara do Porto foi ratificada com vitória que Manuel Pizarro alcançou nas eleições de sábado para a comissão política, Carneiro frisou que essa questão não estava em cima da mesa.

O líder da federação recordou que José Luís Catarino, adversário de Pizarro naquelas eleições, "sempre disse que respeitaria o acordo estabelecido, embora frisando que queria manter a autonomia estratégica do PS enquanto alternativa na cidade".

Carneiro recordou que Catarino obteve cerca de 40% dos votos, o que acaba com a ideia de que a opção pelo acordo de coligação reuniria a unanimidade da comissão política.

O dirigente distrital recordou que a candidatura de Catarino "garantiu um espaço de pluralidade de opiniões na comissão política concelhia do Porto, para que os diversos pontos de vista possam ser tidos em consideração e respeitados no momento das decisões".

Sobre se o peso político de Pizarro saiu reforçado das eleições para a concelhia, Carneiro aludiu à "história do copo meio vazio ou meio cheio", explicando: "Para quem tinha 100% da comissão política concelhia, agora tem 60%, portanto há muita forma de fazer a leitura dos resultados. Aquilo que eu gostaria de assinalar é que fui eleito não para alimentar nem para fomentar a clivagem entre os socialistas. Fui eleito para fomentar a unidade estratégica, mas que respeite a diversidade e a pluralidade de opiniões".

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