Autoridades venezuelanas impedem ex-presidentes sul-americanos de visitar opositor

| Mundo
Porto Canal com Lusa

Caracas, 17 jul (Lusa) -- As autoridades venezuelanas impediram os ex-presidentes da Bolívia Jorge Quiroga e da Costa Rica Miguel Ángel Rodríguez de visitar Leopoldo López sob prisão domiciliária, denunciou a mulher do opositor, que cumpre uma pena de quase 14 anos.

"A ditadura não permitiu que os presidentes Quiroga e Rodríguez pudessem ver Leopoldo em nossa casa", escreveu, na rede de mensagens instantâneas Twitter, a mulher de López, Lilian Tintori, que difundiu, no domingo à noite, uma fotografia em frente à sua casa, em Caracas, acompanhada dos dois ex-presidentes.

Qurioga e Rodríguez integram um grupo de cinco ex-presidentes de vários países da América Latina que participaram no domingo como observadores no referendo simbólico contra o projeto de Assembleia Constituinte promovido pelo Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

Os outros três ex-governantes que marcaram presença no domingo na Venezuela foram o mexicano Vicente Fox, o colombiano Andrés Pastrana e da Costa Rica Laura Chinchilla.

Os cinco políticos manifestaram apoio à consulta convocada pela oposição à margem do Governo, e visitaram vários centros em Caracas onde decorreu o referendo da oposição. Leopoldo López votou a partir de casa.

López foi transferido no passado dia 08 para a sua casa após mais de três anos e quatro meses numa prisão nos arredores da capital venezuelana.

O fundador do partido Vontade Popular continua em casa a cumprir a pena a que foi condenado em 2015, ao ser declarado responsável pela morte de três pessoas pela violência ocorrida numa manifestação convocada por López e três dirigentes da oposição.

Pelo menos uma pessoa morreu no domingo a oeste da capital da Venezuela quando um grupo de homens armados disparou contra um dos postos onde se votava no referendo promovido pela oposição, relataram várias fontes.

Apesar de não ser reconhecida pelo governo, a consulta tinha decorrido com normalidade até então.

Os organizadores já tinham admitido recear a violência dos "colectivos", grupos de apoiantes de Nicolás Maduro como os que no passado dia 05 invadiram o parlamento dominado pela oposição e feriram vários deputados.

No referendo perguntava-se aos venezuelanos se rejeitam a Assembleia Constituinte que deverá entrar em funções no próximo dia 30, que os opositores de Maduro consideram que se destina a "consolidar uma ditadura".

Perguntava-se ainda se os cidadãos querem novas eleições.

Desde 01 de abril morreram 94 pessoas durante a vaga de protestos contra o governo.

FV (APN) // EJ

Lusa/fim

+ notícias: Mundo

Dois portugueses mortos e vários feridos em acidente na Namíbia

Dois portugueses morreram e vários ficaram feridos num acidente que envolveu hoje dois autocarros na zona de Walvis Bay, na Namíbia, disse à Lusa o secretário de Estado das Comunidades.

Pedro Sánchez pondera demissão do governo espanhol após mulher ser alvo de investigação

O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, cancelou esta quarta-feira a agenda e vai decidir até segunda-feira se continua no cargo, na sequência de uma investigação judicial que envolve a mulher, disse o próprio.

Ex-membro da máfia de Nova Iorque escreve livro dirigido a empresários

Lisboa, 06 mai (Lusa) -- Louis Ferrante, ex-membro do clã Gambino de Nova Iorque, disse à Lusa que o sistema bancário é violento e que escreveu um livro para "aconselhar" os empresários a "aprenderem com a máfia" a fazerem negócios mais eficazes.