Exposição com fotografia radical do artista Geraldo de Barros inaugura este sábado

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Porto Canal com Lusa

Lisboa, 15 jul (Lusa) - Um conjunto de séries de fotografias de Geraldo de Barros, dos anos 1940/1980, período marcante da obra radical do artista brasileiro, vai estar em exposição a partir de hoje, no Museu Arpad Szenes-Vieira da Silva, em Lisboa.

De acordo com a Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva, a exposição, que é inaugurada hoje, às 17:00, é apresentada em colaboração com a Câmara Municipal de Lisboa, integrada na programação da Passado e Presente -- Lisboa, Capital Ibero-americana de Cultura 2017.

Intitulada "Geraldo de Barros, Fotoformas e Sobras", a exposição é comissariada por Michel Favre, e apresenta parte da coleção do Arquivo Geraldo de Barros, sediado em Genebra, na Suíça, dando a conhecer a obra de um dos mais radicais e fundamentais artistas da modernidade brasileira, segundo a organização.

Geraldo de Barros (1923-1998), nascido em São Paulo, no Brasil, "foi um artista múltiplo, um permanente experimentador, um artista comprometido com a arte de intervenção através dos muitos movimentos em que participou".

Foi um ativista em vários coletivos de artistas brasileiros, como o Grupo XV, nos anos de 1940, o grupo de arte concreta Ruptura, em 1952, a comunidade de trabalho e fábrica de móveis UNILABOR e o Grupo Rex, na década de 1960.

As séries apresentadas nesta exposição são a representação mais expressiva da fotografia abstrata criada por Geraldo de Barros, e correspondem a dois períodos em que a fotografia foi o centro da sua atividade como artista.

"Fotoformas" é uma série iniciada em 1946, que tem o seu expoente na exposição do Museu de Arte de São Paulo, apresentada em janeiro de 1951, com museografia de Lina Bo Bardi, e constituiu um momento iconoclasta na sociedade paulistana de então.

É determinante para o trabalho de Barros o contato com a obra de Max Bill, em 1950, nomeadamente pela dimensão construtiva, razão que o leva a viajar para a Suíça em 1951, e depois para Ulm, na Alemanha, para estudar com Otl Aicher os fundamentos do design gráfico.

Após uma carreira em pintura e desenho de mobiliário, de uma forma industrial, até os anos de 1980, Barros regressou à fotografia, ou, mais precisamente, à reinvenção do trabalho das imagens a partir das fotografias, com a série "Sobras", em 1996, dois anos antes de morrer.

Estas suas últimas obras são feitas a partir de negativos do arquivo pessoal do artista, recortados e montados sobre placas de vidro e depois pintados com tinta-da-china e enquadrados por fita adesiva.

A exposição estará patente no Museu Arpad Szénes - Vieira da Silva até ao próximo dia 17 de setembro.

AG // MAG

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