ONU manifesta preocupação e defende acordo entre Governo e oposição venezuelana

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Porto Canal com Lusa

Caracas, 15 jul (Lusa) - As Nações Unidas (ONU) expressaram, na sexta-feira, preocupação pela crise na Venezuela, onde, desde abril, cerca de 1.500 pessoas ficaram feridas e pelo menos 93 morreram, no âmbito de protestos contra o Governo do Presidente Nicolás Maduro.

Em comunicado, o secretário-geral da ONU, António Guterres, defendeu "paz e democracia na Venezuela", sublinhando que uma solução para a atual crise deve ser encontrada apenas pelos venezuelanos.

"A solução passa por um acordo, eleições e o respeito pelos direitos fundamentais e pelos poderes constitucionais", disse Guterres, apelando ao diálogo entre o Governo e a oposição, para erradicar a violência e outros abusos, e preservar um caminho constitucional acordado.

Segundo o secretário-geral da ONU, "não haverá uma solução se se pretender impor uma saída" à crise venezuelana.

O comunicado cita ainda declarações aos jornalistas, em Genebra, da porta-voz do Alto Comissariado para os Direitos Humanos, Liz Throssel, que disse ter recebido informações de várias fontes de que membros das forças de segurança venezuelana "usam táticas repressivas, intimidação e incutem medo" para impedir os venezuelanos de se manifestarem e que "milhares de manifestantes foram presos arbitrariamente".

"Estamos muito preocupados com o facto de mais de 450 civis terem sido apresentados a tribunais militares (...) Instamos o Governo a parar imediatamente com essa prática que é contrária ao direito internacional e aos direitos humanos, em particular ao devido processo legal. Os civis, acusados de um crime ou de um ato ilegal, devem comparecer perante um tribunal civil", disse Liz Throssel, apelando a que sejam libertados os que foram detidos arbitrariamente.

Por outro lado, Throssel referiu a consulta simbólica que a oposição venezuelana realiza no domingo e que inclui perguntas sobre se apoiam a Assembleia Constituinte convocada pelo Presidente Nicolás Maduro, para reescrever a Constituição venezuelana.

A porta-voz instou as autoridades venezuelanas a "respeitarem quem quiser participar na consulta e a garantir os direitos das pessoas à liberdade de expressão, associação e reunião pacífica".

Segundo a ONU, desde janeiro de 2017 que 52 mil venezuelanos pediram asilo noutros países, um número superior aos 27 mil casos registados em 2016.

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