Órgãos históricos de Santarém recebem no sábado périplo de sete mini-recitais
Porto Canal com Lusa
Santarém, 13 jul (Lusa) -- O centro histórico de Santarém acolhe no sábado um "périplo de sete mini-recitais", com sete organistas a tocarem os órgãos históricos existentes em templos da cidade.
O coordenador do organismo de gestão dos Órgãos Históricos de Santarém (OHS), David Paccetti Correia, realça, num comunicado enviada à agência Lusa, o "efeito de concerto itinerante" da iniciativa, que apresenta uma diversidade de repertórios aliada à variedade de organistas intérpretes e à exibição dos órgãos históricos, reabilitados entre 2008 e 2015.
"A proximidade relativa entre os templos onde se encontram os sete órgãos restaurados, localizados num círculo de um quilómetro de diâmetro, permite a realização deste passeio musical a pé, único evento do tipo em Portugal", realça.
O "Périplo de sete Mini-Recitais", integrado no 3.º Ciclo de Órgão de Santarém, começa às 15:00 de sábado, na Igreja da Alcáçova, com um mini-recital a cargo de Daniel Oliveira, prosseguindo, às 15:30, na Igreja de Marvila, com Célia Sousa Tavares.
Meia hora depois, Filipe Veríssimo toca na Igreja da Misericórdia, seguindo-se, às 16:30, na Igreja de São Nicolau, a organista Daniela Moreira, às 17:00, na Igreja de Jesus Cristo, Inês Machado, às 17:30, na Sé Catedral, António Esteireiro, e, a concluir, às 18:00, na Igreja da Piedade, Rafael Reis.
O 3.º Ciclo de Órgão de Santarém, que começou no passado dia 03 de junho e decorre até ao final deste mês, é este ano dedicado ao "Canto Gregoriano e o Órgão em Portugal", estando agendado, para domingo, às 18:00, na Igreja da Misericórdia, o concerto "Classicismo e Pré-Romantismo", a cargo do agrupamento Capella Patriarchal, com João Vaz ao órgão e na direção.
Vão ser tocadas obras de Carlos Seixas (1704-1742), de Frei Jerónimo da Madre de Deus (1714/5-p.1768), de Marcos Portugal (1762-1830) e de Frei José Marques e Silva (1782-1837), duas das quais, "Redemptor omnium para a festa do Natal" e "Magnificat", de 1834, em "estreia moderna", afirma a nota.
O agrupamento Capella Patriarchal, criado em 2006, é um projeto destinado fundamentalmente à "divulgação dos tesouros da música sacra portuguesa", como se lê no comunicado, salientando o facto de o grupo apresentar frequentemente obras inéditas, "pautando-se por um cuidadoso trabalho prévio de investigação das fontes musicais, assim como por um intenso esforço de observação das práticas interpretativas das diversas épocas".
"Tendo origem no trabalho de João Vaz em relação à música de órgão portuguesa dos séculos XVI a XIX, aborda a música vocal, contando para isso com a colaboração de cantores especialmente dedicados a este tipo de repertório", acrescenta a nota.
O 3.º Ciclo de Órgão de Santarém, resultante da parceria entre os OHS, o município de Santarém, a Diocese de Santarém e a Santa Casa da Misericórdia de Santarém, envolve onze organistas, quatro coros, uma orquestra e os sete órgãos históricos da cidade.
Além de mini-recitais, o evento conta com concertos, missas cantadas e conferências.
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