Ministro denuncia "estratégia" para "lançar confusão" sobre Estaleiros de Viana

| Política
Porto Canal / Agências

Guimarães, 11 dez (Lusa) - O ministro da Defesa diz que há uma "estratégia comunicacional" para "lançar a confusão" sobre os Estaleiros de Viana do Castelo, afirmando estar "perfeitamente tranquilo" quanto às acusações do autarca vianense.

Hoje, em Guimarães, à margem de um encontro ministerial no âmbito do programa 5+5 Defesa, José Pedro Aguiar-Branco voltou a afirmar que a solução encontrada pelo Governo para os estaleiros, a subconcessão à Martifer, é "irreversível".

O titular da pasta da Defesa adiantou ainda que o contrato com a Venezuela sobre dois navios asfalteiros está em "fase terminal" e ter "esperança" que esta fase final de negociação permita ceder a posição contratual do Estado à Martifer.

"Há quem queira estar sempre a lançar a confusão para desviar a discussão do essencial e eu denuncio essa estratégia, que é uma estratégia comunicacional que já é básica em toda a gente que quer lançar confusão", afirmou Aguiar Branco.

No final da Assembleia Municipal extraordinária de terça-feira e, Viana do Castelo, o presidente da autarquia José Maria Costa afirmou que a questão dos estaleiros navais são "um caso de polícia", pedindo ainda a demissão do ministro da Defesa.

"Matérias de natureza criminal discutem-se no sítio certo. No que diz respeito aos estaleiros discutamos as soluções", disse o ministro, acrescentando que "não há nenhum problema" nessa matéria.

"O Governo está perfeitamente tranquilo e eu como ministro também estou", respondeu Aguiar-Branco ao autarca vianense.

Questionado sobre o processo de encomenda de dois navios asfalteiros por parte do Governo da Venezuela, o ministro Aguiar- Branco reafirmou que a questão está a ser agora negociada entre o Governo de Maduro e a Martifer.

"Durante estes dois anos foi possível fazer uma negociação que está em fase terminal, como tive possibilidade de dizer na Comissão de Defesa e tenho esperança de essa situação terminal permita que haja a cessação da posição contratual para quem possa continuar a explorar esta matéria nos estaleiros", referiu.

Aliás, lembrou, a empresa que geria os estaleiros de Viana do Castelo "estava em incumprimento quando este Governo tomou posse" porque, esclareceu, "o primeiro pagamento que tinha sido feito foi gasto a pagar salários e não a comprar aço para os navios".

Pelo que, disse, "o Estado já estava obrigado a pagar uma indemnização e o esforço deste Governo foi resolver essa situação de incumprimento".

No final, Aguiar Branco voltou a referir que a atividade nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo não vai cessar.

"Os estaleiros não vão fechar. A empresa que geria os estaleiros é que será liquidada. São questões diferentes", disse.

JYCR // SMA

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