Câmara de Paredes reduz orçamento em 43 ME e aconselha Estado a seguir exemplo
Porto Canal / Agências
Paredes, 11 dez (Lusa) - O presidente da Câmara de Paredes, Celso Ferreira (PSD), exortou os organismos do Estado a seguirem o exemplo de consolidação orçamental da autarquia, que prevê, em 2014, uma redução de 43 milhões de euros na despesa.
Em declarações à Lusa, o autarca explicou que aquele montante, que consta da proposta de orçamento, representa uma redução no valor global do orçamento de 33,9% face a 2013.
Para o autarca, se os organismos do Estado fizessem o mesmo esforço o país não estaria nas condições atuais.
Esta contenção, assinalou ainda, revela a vontade de Paredes "contribuir para a consolidação das contas públicas nacionais, num momento de difícil conjuntura económica e financeira", dando sequência ao que já foi realizado em 2013.
Segundo adiantou Celso Ferreira, este ano foi possível reduzir a dívida em 19,3 milhões de euros, o que representa, frisou, 27,5% do total.
"É um dado extremamente relevante, por ter sido conseguido em ano de eleições autárquicas, quando é mais fácil e tentador cair em despesismo, mas também, e sobretudo, num ano em que fomos a segunda câmara do país que mais investimento realizou, logo a seguir a Lisboa", referiu.
O presidente da Câmara revelou que, da atual dívida de 53 milhões de euros, "apenas 3,1 milhões correspondem a dívida vencida de curto prazo".
Celso Ferreira considerou que o orçamento da autarquia para 2014 traduz um "compromisso de consolidação, rigor e disciplina na gestão", marcando "o virar de um novo ciclo após a conclusão da carta educativa".
Para 2014, o orçamento prevê uma dotação de 83,9 milhões de euros, menos 43,1 do que em 2013, diminuição que, não obstante, segundo o presidente, não terá "qualquer redução ao nível dos apoios sociais".
O autarca considerou que o esforço em curso é "fundamental para preparar o município para uma nova vaga de investimentos, nomeadamente através do novo Quadro Comunitário de Apoios".
Evidenciou, por outro lado, o esforço para diminuir o prazo de pagamento a fornecedores, assumindo que o objetivo é reduzir para 60 dias em 2014. Em 2012, vincou, já foi possível realizar progressos a esse nível, passando dos 283 dias para os 175.
Para 2014, apesar da anunciada redução da dotação global, Celso Ferreira sublinhou que a autarquia "não deixará de prestar especial atenção ao apoio às famílias mais carenciadas, assumindo que vai manter-se o Programa "Paredes Ajuda +", com um conjunto de apoios.
Manter-se-ão, igualmente, a redução em 20% da participação municipal nas receitas do IRS e a taxa de máxima de IMI.
Novidade neste orçamento é a isenção de derrama ser alargada a todas as empresas que realizem investimento, com criação de emprego, no ano de 2014.
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