Passos acusa Governo de "calculismo e populismo" e diz que país precisa de "muito mais"
Porto Canal com Lusa
O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, acusou esta quarta-feira o Governo de "calculismo e populismo latente" e o Estado de "falhar clamorosamente" nos recentes acontecimentos de Pedrógão Grande e Tancos, defendendo que o país precisa de "muito mais".
Na sua intervenção de fundo no debate do estado da Nação, Passos Coelho afirmou ainda que "caiu a máscara do fim da austeridade", atribuindo os resultados económicos conseguidos a um 'plano B', que passou por cortes em várias áreas.
"A meio da legislatura o país descobriu que a economia pode até estar a andar melhor, mas que a responsabilidade política está a fracassar em grande estilo", acusou.
Para Passos Coelho, depois dos incêndios de Pedrógão Grande, onde morreram pelo menos 64 pessoas, e do furto em instalações militares, "a geringonça, que se habituou aos ventos favoráveis e às boas notícias, ainda não encontrou um caminho para responder aos anseios dos portugueses".
"Mas agora que ficaram expostas as fragilidades, as contradições, as simulações, o calculismo e o populismo latente, agora começa a sentir-se que precisamos coletivamente de mais qualquer coisa. O país precisa, pelo menos, de liderança e de objetivos mobilizadores e efetivos", afirmou.
"Precisamos, enquanto país, de muito mais", defendeu, considerando que "ficar unicamente à espera de melhores ventos e da sorte não chega".