Câmara de Estarreja promove levantamento das comportas do Baixo Vouga

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Porto Canal / Agências

Estarreja, 10 dez (Lusa) - A Câmara de Estarreja vai fazer um levantamento das comportas do Baixo Vouga, para intervir na proteção dos campos, "já que a Agência Portuguesa de Ambiente não o faz", disse hoje à Lusa o vice-presidente da autarquia.

"Vamos avançar para a sua realização e mais uma vez não esperamos pela administração central ou pela Agência Portuguesa de Ambiente, quando deviam ser eles a fazê-lo. Aparentemente e até ao momento, a administração central e as entidades que a nível regional têm responsabilidade pela situação assobiam para o lado", disse Adolfo Vidal.

Segundo o vice-presidente da Câmara de Estarreja, os agricultores do concelho continuam a ser confrontados todos os anos com a invasão dos campos pela água, seja por causa do mau tempo e das cheias do rio Vouga, seja por causa do aumento do prisma de marés na ria de Aveiro.

A solução definitiva, é reconhecido por várias entidades, passa por retomar a obra do dique do Baixo Vouga, construído apenas na sua secção central, pelo que a água salgada continua a penetrar nos campos. Mas o problema é agravado pela inoperância do sistema de drenagem, cuja manutenção não tem sido assegurada pelas entidades com jurisdição na área.

"Temos uma rede hidrográfica extensa, com uma malha reticular de canais e valas que faziam parte do sistema inicial e que, neste momento, não fazem o seu trabalho de drenagem dos terrenos quando há excesso de água. É esse levantamento que pretendemos fazer, para intervir numa lógica integrada e estabelecer prioridades", justificou.

Com o Baixo Vouga "ao abandono", tem-se assistido ao roubo de comportas e elementos metálicos, reguladores de maré que deixaram de funcionar por falta de reparação, valas que vão estreitando pela ação de alguns lavradores para ganharem "mais uns palmos de terreno".

Apesar de não ser da sua competência, a autarquia tem avançado e custeado obras de emergência para impedir o avanço da água salgada e já sabe que vai ter de voltar a intervir na zona de confluência dos esteiros de Canelas e Salreu, onde as motas (linhas de defesa) abriram.

"Foi feita a consolidação primária, mas o problema não está resolvido e tende a agravar, pelo que vamos ter de voltar a intervir porque não resiste se houver um inverno complicado", explicou Adolfo Vidal.

Apesar dos esforços camarários, "o investimento municipal nunca chegará", reconheceu o vice-presidente, o qual espera que, aprovada a Política Agrícola Comum, "finalmente haja verba para avançar com a defesa da entrada da cunha salina", que implica a conclusão do dique do Baixo Vouga.

O autarca lembrou que há duas resoluções da Assembleia da República, aprovadas por unanimidade, relativas ao projeto de aproveitamento agrícola do Baixo Vouga Lagunar, o qual figura igualmente nas opções estratégicas da Comunidade Intermunicipal (CIRA).

MSO // JGJ

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