Líder PS/FAUL quer rever regras sobre pagamento de quotas dos militantes
Porto Canal / Agências
Lisboa, 09 dez (Lusa) - O líder da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL) do PS defende a revisão da norma estatutária que impede os militantes socialistas de votarem em eleições internas sem terem as quotas pagas 30 dias antes.
A posição de Marcos Perestrello foi transmitida à agência Lusa na sequência das eleições para as concelhias do PS, que decorreram na sua grande maioria na sexta-feira à noite e no sábado.
Segundo o líder da FAUL do PS, na área da sua federação, cerca de duas centenas de militantes ficaram impedidos de "participar no processo eleitoral" por "desconhecerem" as novas normas estatutárias aprovadas em março de 2012.
"Considero que se justifica a introdução de ajustes no sistema de pagamentos de quotas no sentido de facilitar a participação dos militantes. O atual sistema é demasiado fechado, porque não é enviado aos militantes um aviso prévio com a data limite de pagamento e não é disponibilizada às federações nem às secções informação atempada sobre a situação de cada um dos militantes, de modo a que estas possam incentivá-los a pagar atempadamente as suas quotas", sustentou o dirigente socialista.
Mesmo assim, Marcos Perestrello manifestou-se satisfeito com a forma como decorreram as eleições nas secções e concelhias da FAUL.
"Estas eleições decorreram depois de uma expressiva vitória do PS na área urbana de Lisboa, onde ganhou 7 das 11 câmaras municipais, e delas resulta em geral um reforço da confiança política naqueles que foram os protagonistas dessas eleições", disse.
Na sexta-feira à noite foram eleitos para presidentes de concelhias na FAUL os seguintes socialistas: Joaquim Raposo (Amadora), André Grijó (Arruda dos Vinhos), Silvino Lúcio (Azambuja), Luís Miguel Reis (Cascais), Ricardo Leão (Loures), Duarte Cordeiro (Lisboa), Sérgio Santos (Mafra), Hugo Martins (Odivelas), Alexandra Moura (Oeiras), Rui Pereira (Sintra), Maria da Luz Rosinha (Vila Franca de Xira).
Em comunicado, no domingo, a direção do PS congratulou-se "com a forte participação e mobilização dos militantes nas eleições que se realizaram este fim de semana, na maioria das concelhias e secções do país".
"Ao todo, foram mais de 400 eleições um pouco por todo o país, com uma afluência muito significativa, bem demonstrativa da forte mobilização do PS ao nível das suas estruturas locais. Ao abrigo dos novos estatutos do PS, as eleições decorrem agora 90 dias após as eleições autárquicas, e apenas os distritos de Coimbra e Vila Real marcaram para os dias 14 e 21 de dezembro, respetivamente, os seus atos eleitorais", observou a direção dos socialistas.
A direção do PS destacou ainda que os mandatos dos novos órgãos eleitos "estendem-se" a partir de agora por quatro anos, "permitindo assim maior estabilidade na preparação de alternativas sólidas e um acompanhamento permanente da política local autárquica, pelos novos intervenientes".
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